Jatene rebate acusações de 'farra de asfalto' após pedido de prisão preventiva
Com informações do site (DOL) do jornal Diário do Pará:
0 ex-governador do Estado Simão Jatene usou seu perfil nas redes sociais, na noite de ontem (1°), para rebater as acusações da chamada “farra de asfalto”.
Jatene é apontado pela Auditoria Geral do Estado-AGE como o comandante de uma organização criminosa que teria “saqueado cofres públicos através de fraudes em licitações e superfaturamento de contratos” no programa “Asfalto na Cidade” quando, em 2018, foram gastos mais de R$ 369 milhões, sem que muitos convênios fossem formalizados.
A Representação Criminal da AGE foi protocolada em 2 de abril no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e na Delegacia Geral de Polícia Civil para que, então, seja solicitada a prisão do ex-governador.
ENTENDA
Segundo a representação da AGE, há indícios de superfaturamento, obras fantasmas, corrupção, pagamento de propinas, improbidade administrativa e caixa dois. Devido às supostas irregularidades, o programa foi suspenso em janeiro deste ano.
A AGE afirma que há provas consistentes de que as ilegalidades fariam parte de um “esquema criminoso” que tinha a permissão do então governador Simão Jatene.
Leia, abaixo, a nota divulgada pelo ex-governador:
“Amigas e amigos
Vocês são testemunhas que, em respeito a princípios que me são caros, evito utilizar esse espaço para comentar sobre o atual governo, e quando o fiz, excepcionalmente, foi para esclarecer a população sobre o mentiroso discurso governista que, na contramão dos fatos, alardeou que o Estado estava falido, buscando confundir as pessoas e eximir a atual administração de cumprir suas promessas irresponsáveis. Fato que o tempo vem se encarregando de comprovar.
Tal comportamento, entretanto, não significa que a semelhança de muitos, também não esteja vendo a desesperada tentativa governamental de mostrar trabalho, inaugurando, com ridícula “pompa e circunstância”, obras que estavam praticamente prontas, e o tempo do governo atual sequer daria pra que fossem licitadas.
Tão pouco, que não esteja percebendo a lamentável e até irresponsável postergação do funcionamento de hospitais, como, por exemplo, o Abelardo Santos em Icoaraci e o Regional de Capanema, que poderiam já estar atendendo milhares de pessoas, com o indisfarçável objetivo de levar a população a crer que tais equipamentos realmente estavam inacabados e, com isso, obter o crédito pela construção dos mesmos.
Ou ainda, que não lamente a desastrada e agressiva manobra de tentar calar a tropa com ameaças, esquecendo que até recentemente, por razões nitidamente eleitoreiras, o império de comunicação do atual governador e sua família tentava, diariamente, manipular essa mesma tropa, além de professores, com o único objetivo de desestabilizar o nosso governo.
Entretanto, Amigos e amigas,
Mesmo correndo o risco de parecer ingênuo, sempre busquei não incentivar a velha política do “quanto pior melhor”, ou contribuir para que se faça política como se estivéssemos em permanente campanha. Governar exige equilíbrio e maturidade para não deixar que nossos sentimentos se imponham aos nossos deveres e obrigações, por isso, algumas vezes, mesmo agredido, jamais utilizei qualquer órgão ou informação do Estado, para perseguir adversários, num claro desvirtuamento do exercício do poder. E não me arrependo disso!
Porém não posso calar diante da clara tentativa sensacionalista de envolvimento do meu nome em suposto esquema de corrupção em programa de governo, que já atendeu mais de cem municípios indiscriminadamente, mudando para melhor a paisagem de dezenas de cidades e vilas no interior do Estado.
Essa nova e sórdida orquestração, com a participação de advogados da campanha do MDB, um dito até de reputação duvidosa, e que estão hoje comandando a Auditoria Geral do Estado, traz a conhecida tentativa desse grupo político em manchar meu nome, e vem transformando aquele órgão que em passado recente foi reconhecido até nacionalmente pela seu profissionalismo e isenção, em instrumento de intimidação, perseguição e ameaça a servidores, com fins políticos.
Revelando incontrolável desejo de mostrar poder e intimidar pessoas, além de compulsiva vocação sensacionalista e midiática, assistimos nos últimos dias, ao arrepio dos mais elementares princípios administrativos, éticos e morais, a repetição de manchetes escandalosas nos veículos de comunicação do governador, revelando um jogo francamente combinado.
Diante disso, repudiando a mais essa inescrupulosa tentativa de manchar minha honra e história, e considerando que o desvio de dinheiro público, sempre acaba se transformando em riqueza não explicável, sem manobras ou investigações dirigidas ou controladas, quero, como ex-governador e com o testemunho dos paraenses, propor ao atual governador que apresentemos nossos patrimônios reais publicamente, comprovando a origem dos mesmos. Sugiro ainda que tudo seja acompanhado pela Receita Federal, Ministério Público, e quem mais ele julgue conveniente, desde que não lhe seja subordinado.
Tal procedimento que, certamente será extremamente esclarecedor das nossas histórias, pedagogicamente , poderá contribuir e muito para novos tempos na política, e deve responder a um anseio de todos as pessoas de bem e que querem a política como instrumento de construção de uma sociedade melhor, e não de enriquecimento pessoal ou satisfação de desejo de poder.
Aproveito para agradecer as inúmeras manifestações de solidariedade. Muito Obrigado!”
Com informações do site (DOL) do jornal Diário do Pará:
0 ex-governador do Estado Simão Jatene usou seu perfil nas redes sociais, na noite de ontem (1°), para rebater as acusações da chamada “farra de asfalto”.
Jatene é apontado pela Auditoria Geral do Estado-AGE como o comandante de uma organização criminosa que teria “saqueado cofres públicos através de fraudes em licitações e superfaturamento de contratos” no programa “Asfalto na Cidade” quando, em 2018, foram gastos mais de R$ 369 milhões, sem que muitos convênios fossem formalizados.
A Representação Criminal da AGE foi protocolada em 2 de abril no Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e na Delegacia Geral de Polícia Civil para que, então, seja solicitada a prisão do ex-governador.
ENTENDA
Segundo a representação da AGE, há indícios de superfaturamento, obras fantasmas, corrupção, pagamento de propinas, improbidade administrativa e caixa dois. Devido às supostas irregularidades, o programa foi suspenso em janeiro deste ano.
A AGE afirma que há provas consistentes de que as ilegalidades fariam parte de um “esquema criminoso” que tinha a permissão do então governador Simão Jatene.
Leia, abaixo, a nota divulgada pelo ex-governador:
“Amigas e amigos
Vocês são testemunhas que, em respeito a princípios que me são caros, evito utilizar esse espaço para comentar sobre o atual governo, e quando o fiz, excepcionalmente, foi para esclarecer a população sobre o mentiroso discurso governista que, na contramão dos fatos, alardeou que o Estado estava falido, buscando confundir as pessoas e eximir a atual administração de cumprir suas promessas irresponsáveis. Fato que o tempo vem se encarregando de comprovar.
Tal comportamento, entretanto, não significa que a semelhança de muitos, também não esteja vendo a desesperada tentativa governamental de mostrar trabalho, inaugurando, com ridícula “pompa e circunstância”, obras que estavam praticamente prontas, e o tempo do governo atual sequer daria pra que fossem licitadas.
Tão pouco, que não esteja percebendo a lamentável e até irresponsável postergação do funcionamento de hospitais, como, por exemplo, o Abelardo Santos em Icoaraci e o Regional de Capanema, que poderiam já estar atendendo milhares de pessoas, com o indisfarçável objetivo de levar a população a crer que tais equipamentos realmente estavam inacabados e, com isso, obter o crédito pela construção dos mesmos.
Ou ainda, que não lamente a desastrada e agressiva manobra de tentar calar a tropa com ameaças, esquecendo que até recentemente, por razões nitidamente eleitoreiras, o império de comunicação do atual governador e sua família tentava, diariamente, manipular essa mesma tropa, além de professores, com o único objetivo de desestabilizar o nosso governo.
Entretanto, Amigos e amigas,
Mesmo correndo o risco de parecer ingênuo, sempre busquei não incentivar a velha política do “quanto pior melhor”, ou contribuir para que se faça política como se estivéssemos em permanente campanha. Governar exige equilíbrio e maturidade para não deixar que nossos sentimentos se imponham aos nossos deveres e obrigações, por isso, algumas vezes, mesmo agredido, jamais utilizei qualquer órgão ou informação do Estado, para perseguir adversários, num claro desvirtuamento do exercício do poder. E não me arrependo disso!
Porém não posso calar diante da clara tentativa sensacionalista de envolvimento do meu nome em suposto esquema de corrupção em programa de governo, que já atendeu mais de cem municípios indiscriminadamente, mudando para melhor a paisagem de dezenas de cidades e vilas no interior do Estado.
Essa nova e sórdida orquestração, com a participação de advogados da campanha do MDB, um dito até de reputação duvidosa, e que estão hoje comandando a Auditoria Geral do Estado, traz a conhecida tentativa desse grupo político em manchar meu nome, e vem transformando aquele órgão que em passado recente foi reconhecido até nacionalmente pela seu profissionalismo e isenção, em instrumento de intimidação, perseguição e ameaça a servidores, com fins políticos.
Revelando incontrolável desejo de mostrar poder e intimidar pessoas, além de compulsiva vocação sensacionalista e midiática, assistimos nos últimos dias, ao arrepio dos mais elementares princípios administrativos, éticos e morais, a repetição de manchetes escandalosas nos veículos de comunicação do governador, revelando um jogo francamente combinado.
Diante disso, repudiando a mais essa inescrupulosa tentativa de manchar minha honra e história, e considerando que o desvio de dinheiro público, sempre acaba se transformando em riqueza não explicável, sem manobras ou investigações dirigidas ou controladas, quero, como ex-governador e com o testemunho dos paraenses, propor ao atual governador que apresentemos nossos patrimônios reais publicamente, comprovando a origem dos mesmos. Sugiro ainda que tudo seja acompanhado pela Receita Federal, Ministério Público, e quem mais ele julgue conveniente, desde que não lhe seja subordinado.
Tal procedimento que, certamente será extremamente esclarecedor das nossas histórias, pedagogicamente , poderá contribuir e muito para novos tempos na política, e deve responder a um anseio de todos as pessoas de bem e que querem a política como instrumento de construção de uma sociedade melhor, e não de enriquecimento pessoal ou satisfação de desejo de poder.
Aproveito para agradecer as inúmeras manifestações de solidariedade. Muito Obrigado!”
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