Protestos e paralisações contra cortes na educação ocorrem em todos os estados e no DF
Ontem (15) foi dia de protestos contra os cortes na educação, milhares de pessoas saíram às ruas em ao menos 172 cidades, em manifestações que o presidente Jair Bolsonaro afirmou serem feitas por imbecis e "idiotas úteis" usados como "massa de manobra".
Os atos ocuparam ruas e avenidas de todas as capitais e do Distrito Federal, além de outras cerca de 145 cidades. Foram realizados inclusive em pequenos municípios, como Felipe Guerra (RN), de 5.734 habitantes, e na terra indígena Alto Rio Negro, na fronteira entre Amazonas e Colômbia.
Participaram manifestantes convocados por sindicatos contrários à reforma da Previdência, pauta original dos atos, e estudantes e professores de escolas e universidades públicas e privadas.
Havia políticos e militantes de partidos de esquerda, integrantes de centrais de trabalhadores e alguns carregando bandeiras com a mensagem "Lula Livre". Mas milhares de manifestantes, de crianças a idosos, não tinham ligação com siglas, em uma participação espontânea que remeteu aos protestos de 2013.
Na capital paulista, o ato se estendeu por dois quilômetros da avenida Paulista, entre a rua Augusta e a avenida Brigadeiro Luiz Antônio, e depois seguiu para a Assembleia Legislativa. Atrás do Masp, ônibus fretados paravam com estudantes de rosto pintado vindos de cidades do entorno.
A falta de vinculação de parte dos manifestantes a organizações e partidos era visível em cartazes, muitos em papel sulfite.
Diversos deles faziam referência à liberação de armas promovida pela gestão Bolsonaro ("menos armas e mais educação") e a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, em um primeiro momento, atribuiu cortes nas universidades a uma suposta "balbúrdia" dentro delas, com sem-terra e "gente pelada" nos campi.
Os cortes atingem 30% das despesas discricionárias das universidades, que bancam despesas de custeio, como luz e água, e gastos com empresas terceirizadas de segurança e limpeza, por exemplo.
Em conta que inclui salários de funcionários e professores, a gestão Bolsonaro afirma que o corte é de apenas 3,4%.
De forma geral, os protestos transcorreram de forma pacífica, mas, no Rio, houve tumulto por volta das 20h na hora da dispersão, com bombas e manifestantes fugindo correndo pelas vias paralelas que cortam a avenida Presidente Vargas, no centro.
Em Brasília, agentes da Força Nacional de Segurança se posicionaram em frente ao Ministério da Educação com escudos e capacetes, mas não houve conflito. Em São Paulo, o deputado estadual Mamãe Falei (DEM) discutiu com manifestantes quando o ato chegou à Assembleia Legislativa.
No final do dia, a UNE convocou um novo megaprotesto em todo o país para o próximo dia 30. "É o início do gosto amargo que o Bolsonaro vai sentir", disse a presidente da entidade, Marianna Dias.
Fotos: Protesto em Santarém
Ontem (15) foi dia de protestos contra os cortes na educação, milhares de pessoas saíram às ruas em ao menos 172 cidades, em manifestações que o presidente Jair Bolsonaro afirmou serem feitas por imbecis e "idiotas úteis" usados como "massa de manobra".
Os atos ocuparam ruas e avenidas de todas as capitais e do Distrito Federal, além de outras cerca de 145 cidades. Foram realizados inclusive em pequenos municípios, como Felipe Guerra (RN), de 5.734 habitantes, e na terra indígena Alto Rio Negro, na fronteira entre Amazonas e Colômbia.
Participaram manifestantes convocados por sindicatos contrários à reforma da Previdência, pauta original dos atos, e estudantes e professores de escolas e universidades públicas e privadas.
Havia políticos e militantes de partidos de esquerda, integrantes de centrais de trabalhadores e alguns carregando bandeiras com a mensagem "Lula Livre". Mas milhares de manifestantes, de crianças a idosos, não tinham ligação com siglas, em uma participação espontânea que remeteu aos protestos de 2013.
Na capital paulista, o ato se estendeu por dois quilômetros da avenida Paulista, entre a rua Augusta e a avenida Brigadeiro Luiz Antônio, e depois seguiu para a Assembleia Legislativa. Atrás do Masp, ônibus fretados paravam com estudantes de rosto pintado vindos de cidades do entorno.
A falta de vinculação de parte dos manifestantes a organizações e partidos era visível em cartazes, muitos em papel sulfite.
Diversos deles faziam referência à liberação de armas promovida pela gestão Bolsonaro ("menos armas e mais educação") e a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que, em um primeiro momento, atribuiu cortes nas universidades a uma suposta "balbúrdia" dentro delas, com sem-terra e "gente pelada" nos campi.
Os cortes atingem 30% das despesas discricionárias das universidades, que bancam despesas de custeio, como luz e água, e gastos com empresas terceirizadas de segurança e limpeza, por exemplo.
Em conta que inclui salários de funcionários e professores, a gestão Bolsonaro afirma que o corte é de apenas 3,4%.
De forma geral, os protestos transcorreram de forma pacífica, mas, no Rio, houve tumulto por volta das 20h na hora da dispersão, com bombas e manifestantes fugindo correndo pelas vias paralelas que cortam a avenida Presidente Vargas, no centro.
Em Brasília, agentes da Força Nacional de Segurança se posicionaram em frente ao Ministério da Educação com escudos e capacetes, mas não houve conflito. Em São Paulo, o deputado estadual Mamãe Falei (DEM) discutiu com manifestantes quando o ato chegou à Assembleia Legislativa.
No final do dia, a UNE convocou um novo megaprotesto em todo o país para o próximo dia 30. "É o início do gosto amargo que o Bolsonaro vai sentir", disse a presidente da entidade, Marianna Dias.
Fotos: Protesto em Santarém
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