Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Fica na tua, cara


Tenho um amigo, viúvo, já setentão, que resolveu, como me disse ele,  aproveitar, curtir mais a vida, entrar na onda jovem. E, com este objetivo, está desfrutando dos prazeres que as noites oferecem em barzinhos e nas baladas, por exemplo. Na sua estreia em uma dessas baladas turbinadas pelos sons e ritmos da moda, o coroa ficou espantado com o assédio explicito das pessoas de todos os gêneros, com olhares e gestos provocantes querendo companhia, querendo ficar com alguém. Uma bela jovem aproximou-se dele e disse: pô, cara, vai ficar aí paradão? Dança comigo! A resposta dele foi esta: obrigado, minha filha, já estou indo embora, fica pra outra vez. E não poderia ser de outra forma, afinal, o distinto senhor é do tempo em que, nos bailes, a música não era mecânica, era orquestrada e os ritmos dançantes eram o bolero, a valsa e o samba. A festa dividia-se em partes, ou seja, tinha intervalo entre uma e outra música e, então,  o cavalheiro ia até à mesa onde estava sentada a moça, a donzela, o brotinho e, respeitosamente, sob os olhares severo dos pais dela, era feito o convite para dançar, que era aceito ou, às vezes, recusado. E, para encurtar a história, eu digo que o meu amigo decidiu viver como antes: jogar dominó, bebericando nos botecos com os amigos. Nada de agitos, nada de badalação da vida moderna.

Nenhum comentário:

Postar um comentário