Na CUT do Paraná, uma modesta sala é dividida por dois ex-tesoureiros do PT: de um lado, Delúbio Soares; de outro, o recém-chegado João Vaccari Neto. Os dois usam tornozeleiras e recebem mensalmente R$ 4,5 mil de salário. Vaccari é aposentado como bancário. Delúbio passou a dar expediente lá depois que deixou a prisão (foi condenado por lavagem de dinheiro) e Vaccari foi beneficiado por um indulto natalino e recebeu o perdão por um processo no qual foi condenado a 24 anos de prisão por intermediação de propinas.
Vaccari Neto ainda pode voltar à prisão. Responde a outras 12 ações penais nas justiças do Paraná, São Paulo e Distrito Federal. Tem ainda mais duas condenações por corrupção passiva, confirmadas no TRF-4 que somam 13 anos e quatro meses. A mais recente, de seis anos e quatro meses, já foi mantida pelos desembargadores e está em grau de recurso. Ele teve de fixar residência em Curitiba (mora na casa de um tio) e sua mulher mora em São Paulo, com filha e dois netos. Vaccari e Delúbio sonham em voltar à militância – ou mais que isso.
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