Depois da prisão de ambientalistas, Governo do Pará defende ONGs
No site Congresso em Foco:
"Diante das manifestações de setores da sociedade civil, que tem recriminado a prisão de ambientalistas no Pará, o governo do estado emitiu uma nota, onde afirmou que não interfere em investigações da polícia civil, que é autônoma. O governador Helder Barbalho (MDB) também disse através da nota que as “ONGs são fundamentais para a preservação das florestas no Estado, e que o Executivo continua parceiro de todas as instituições e entidades que respeitam as leis brasileiras. Ontem (26), o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, (PT-ES), disse em coletiva de imprensa que irá solicitar informações do governo do Pará. “Fica claro que tem muitas coisas nebulosas neste processo. Vamos adotar na comissão de direitos humanos, eu vou providenciar ainda hoje um pedido de informação ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Também vamos fazer um pedido de informação à Secretaria de Segurança do Estado do Pará e também vamos buscar informações com a polícia civil sobre o inquérito”, concluiu.
A Anistia Internacional publicou uma nota onde afirmou que o caso “inspira preocupação” quanto a “transparência das investigações”. Deputados afirmaram que o caso faz parte do plano de repressão bolsonarista, que, segundo a oposição, visa inibir o trabalho das ONGs.
A polícia civil do Pará prendeu quatro brigadistas da Brigada de Alter e apreendeu computadores e documentos da ONG Saúde e Alegria. “Nessa manhã a polícia civil chegou de forma truculenta, armada com metralhadora no nosso escritório, sem a gente saber porque, sem a gente saber qual a acusação e sem decisão judicial. Com o mandato de apreensão sem definir o que, para que”, declarou o coordenador do projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino. “Levaram tudo, naquele ambiente de medo, naquele ambiente de apreensão”, relata. Caetano também comentou sobre os brigadistas presos.”Eu conheço pessoalmente os brigadistas, são pessoas de confiança, de boa índole, pessoas que se voluntariam para ajudar o estado a combater os incêndios”, disse. “O Saúde e Alegria há 20 anos, sempre no mês de agosto e setembro, promove campanha de prevenção de fogo, promove a formação de novos brigadistas”, afirmou Caetano que também declarou que continuará apoiando o trabalho dos combatentes de fogo.
Indígenas da região de Alter do Chão também se manifestaram em solidariedade aos brigadistas presos. “A brigada de Alter sempre atuou em defesa do nosso território, conhecemos a seriedade do trabalho e honestidade dos nossos brigadistas. Entendemos que estas acusações fazem parte de uma estratégia para desmoralizar e criminalizar as ONGs e movimentos sociais de forma caluniosa, áudios fragmentados, circulados fora do contexto, replicam um método já conhecido de influenciar a opinião pública, na tentativa de tornar fato acusações que ainda não foram comprovadas”, afirmou em nota a associação Iwipuragã do povo Borari de Alter do Chão.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que a operação aconteceu para dar base ao discurso do governo que vem tentando criminalizar as ONGs. “Está se produzindo algo para poder dar base a esse discurso mentiroso”, disse o deputado. “A gente se cala quando se criminaliza um movimento popular, se cala quando se criminaliza uma ONG, se cala quando se criminaliza os terreiros. Na hora que isto chegar nas igrejas, na hora que isto chegar nas redações, não vai ter mais tempo para poder se calar”, disse antes de concluir afirmando que a Frente Parlamentar Ambientalista acompanhará este caso de perto.
Nota do Governo do Pará na íntegra:
Sobre a prisão de integrantes da Brigada de Incêndio de Alter do Chão (Santarém) pela Polícia Civil, nesta terça-feira (26), o Governo do Estado do Pará esclarece que NÃO interfere em investigações da Polícia Civil, que é autônoma.
Também é necessário ressaltar que a Polícia Civil do Pará NÃO tem o poder de efetuar prisões sem a devida autorização judicial.
O Governo do Pará afirma, também, que não há nenhuma predisposição contra qualquer segmento social. É importante frisar que a Polícia Civil do Pará investigou e prendeu fazendeiros, no último dia 29 de agosto, sob a acusação de envolvimento em episódio criminoso no sudoeste paraense.
Por fim, o Governo do Pará reitera que as ONGs são fundamentais para a preservação das florestas no Estado, e que o Executivo continua parceiro de todas as instituições e entidades que respeitam as leis brasileiras.
No site Congresso em Foco:
"Diante das manifestações de setores da sociedade civil, que tem recriminado a prisão de ambientalistas no Pará, o governo do estado emitiu uma nota, onde afirmou que não interfere em investigações da polícia civil, que é autônoma. O governador Helder Barbalho (MDB) também disse através da nota que as “ONGs são fundamentais para a preservação das florestas no Estado, e que o Executivo continua parceiro de todas as instituições e entidades que respeitam as leis brasileiras. Ontem (26), o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, (PT-ES), disse em coletiva de imprensa que irá solicitar informações do governo do Pará. “Fica claro que tem muitas coisas nebulosas neste processo. Vamos adotar na comissão de direitos humanos, eu vou providenciar ainda hoje um pedido de informação ao governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). Também vamos fazer um pedido de informação à Secretaria de Segurança do Estado do Pará e também vamos buscar informações com a polícia civil sobre o inquérito”, concluiu.
A Anistia Internacional publicou uma nota onde afirmou que o caso “inspira preocupação” quanto a “transparência das investigações”. Deputados afirmaram que o caso faz parte do plano de repressão bolsonarista, que, segundo a oposição, visa inibir o trabalho das ONGs.
A polícia civil do Pará prendeu quatro brigadistas da Brigada de Alter e apreendeu computadores e documentos da ONG Saúde e Alegria. “Nessa manhã a polícia civil chegou de forma truculenta, armada com metralhadora no nosso escritório, sem a gente saber porque, sem a gente saber qual a acusação e sem decisão judicial. Com o mandato de apreensão sem definir o que, para que”, declarou o coordenador do projeto Saúde e Alegria, Caetano Scannavino. “Levaram tudo, naquele ambiente de medo, naquele ambiente de apreensão”, relata. Caetano também comentou sobre os brigadistas presos.”Eu conheço pessoalmente os brigadistas, são pessoas de confiança, de boa índole, pessoas que se voluntariam para ajudar o estado a combater os incêndios”, disse. “O Saúde e Alegria há 20 anos, sempre no mês de agosto e setembro, promove campanha de prevenção de fogo, promove a formação de novos brigadistas”, afirmou Caetano que também declarou que continuará apoiando o trabalho dos combatentes de fogo.
Indígenas da região de Alter do Chão também se manifestaram em solidariedade aos brigadistas presos. “A brigada de Alter sempre atuou em defesa do nosso território, conhecemos a seriedade do trabalho e honestidade dos nossos brigadistas. Entendemos que estas acusações fazem parte de uma estratégia para desmoralizar e criminalizar as ONGs e movimentos sociais de forma caluniosa, áudios fragmentados, circulados fora do contexto, replicam um método já conhecido de influenciar a opinião pública, na tentativa de tornar fato acusações que ainda não foram comprovadas”, afirmou em nota a associação Iwipuragã do povo Borari de Alter do Chão.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) afirmou que a operação aconteceu para dar base ao discurso do governo que vem tentando criminalizar as ONGs. “Está se produzindo algo para poder dar base a esse discurso mentiroso”, disse o deputado. “A gente se cala quando se criminaliza um movimento popular, se cala quando se criminaliza uma ONG, se cala quando se criminaliza os terreiros. Na hora que isto chegar nas igrejas, na hora que isto chegar nas redações, não vai ter mais tempo para poder se calar”, disse antes de concluir afirmando que a Frente Parlamentar Ambientalista acompanhará este caso de perto.
Nota do Governo do Pará na íntegra:
Sobre a prisão de integrantes da Brigada de Incêndio de Alter do Chão (Santarém) pela Polícia Civil, nesta terça-feira (26), o Governo do Estado do Pará esclarece que NÃO interfere em investigações da Polícia Civil, que é autônoma.
Também é necessário ressaltar que a Polícia Civil do Pará NÃO tem o poder de efetuar prisões sem a devida autorização judicial.
O Governo do Pará afirma, também, que não há nenhuma predisposição contra qualquer segmento social. É importante frisar que a Polícia Civil do Pará investigou e prendeu fazendeiros, no último dia 29 de agosto, sob a acusação de envolvimento em episódio criminoso no sudoeste paraense.
Por fim, o Governo do Pará reitera que as ONGs são fundamentais para a preservação das florestas no Estado, e que o Executivo continua parceiro de todas as instituições e entidades que respeitam as leis brasileiras.
- A própria investigação policial ressalta que este é um episódio isolado, que não desabona a conduta de centenas de ONGs que trabalham em conjunto com o Governo do Pará."
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