SANTAREM ANTIGA
Por Ercio Bemerguy
Santarém era uma cidade aconchegante, tranquila, pacata... Quase todos se conheciam. Vizinhos e amigos conversavam sentados em cadeiras colocadas nas calçadas em frente às suas residências localizadas nos bairros centrais ou da periferia, sem qualquer perigo de serem importunados por bandidos, gangues ou drogados.
Quem desfrutou, como eu, daqueles bons tempos da vida “mocoronga”, certamente não esquece que, quando os aviões da Cruzeiro do Sul, da Panair do Brasil, da Paraense ou da FAB, pousavam no antigo aeroporto, logo a notícia se espalhava: fulano chegou, beltrano viajou. Hoje, infelizmente, tudo isso mudou. De cada dez passageiros que chegam ou embarcam nas aeronaves, apenas um (ou nenhum) é conhecido. Só se vê pessoas desconhecidas. De onde vieram e o que vêm fazer na Pérola do Tapajós, ninguém sabe ou procura saber. Isso já se tornou rotina.
Não é só no aeroporto que isso acontece, mas em todos os cantos, como, por exemplo, no Bar Mascote, que era um tradicional ponto de encontro nos fins de tarde, de pessoas amigas, jovens ou não, cervejando e comentando os últimos acontecimentos e as mais variadas fofocas envolvendo coisas e gente da cidade. Agora, não, senta-se em uma das mesas e, apesar da presença de dezenas de homens e de mulheres, dificilmente aparece alguém que nos dirija a palavra ou um simples sorriso, pois quase todos os "mascoteiros” de hoje são forasteiros, são de outras plagas.
Conterrâneos, unamo-nos! Precisamos e devemos estreitar e preservar as nossas amizades, valorizar o nosso passado, as nossas tradições, os nossos valores, as nossas artes, a nossa cultura. O nosso amor por Santarém deve estar sempre latente para que possamos, juntos, e onde quer que estejamos, fazer valer o nosso direito de dizer: esta terra tem dono, é dos santarenos, sim. Caso contrário, e não vai demorar muito, seremos considerados estranhos e intrusos em nosso próprio berço.
Por Ercio Bemerguy
Santarém era uma cidade aconchegante, tranquila, pacata... Quase todos se conheciam. Vizinhos e amigos conversavam sentados em cadeiras colocadas nas calçadas em frente às suas residências localizadas nos bairros centrais ou da periferia, sem qualquer perigo de serem importunados por bandidos, gangues ou drogados.
Quem desfrutou, como eu, daqueles bons tempos da vida “mocoronga”, certamente não esquece que, quando os aviões da Cruzeiro do Sul, da Panair do Brasil, da Paraense ou da FAB, pousavam no antigo aeroporto, logo a notícia se espalhava: fulano chegou, beltrano viajou. Hoje, infelizmente, tudo isso mudou. De cada dez passageiros que chegam ou embarcam nas aeronaves, apenas um (ou nenhum) é conhecido. Só se vê pessoas desconhecidas. De onde vieram e o que vêm fazer na Pérola do Tapajós, ninguém sabe ou procura saber. Isso já se tornou rotina.
Não é só no aeroporto que isso acontece, mas em todos os cantos, como, por exemplo, no Bar Mascote, que era um tradicional ponto de encontro nos fins de tarde, de pessoas amigas, jovens ou não, cervejando e comentando os últimos acontecimentos e as mais variadas fofocas envolvendo coisas e gente da cidade. Agora, não, senta-se em uma das mesas e, apesar da presença de dezenas de homens e de mulheres, dificilmente aparece alguém que nos dirija a palavra ou um simples sorriso, pois quase todos os "mascoteiros” de hoje são forasteiros, são de outras plagas.
Conterrâneos, unamo-nos! Precisamos e devemos estreitar e preservar as nossas amizades, valorizar o nosso passado, as nossas tradições, os nossos valores, as nossas artes, a nossa cultura. O nosso amor por Santarém deve estar sempre latente para que possamos, juntos, e onde quer que estejamos, fazer valer o nosso direito de dizer: esta terra tem dono, é dos santarenos, sim. Caso contrário, e não vai demorar muito, seremos considerados estranhos e intrusos em nosso próprio berço.
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