OTÁVIO PEREIRA, UM CIDADÃO DIGNO!
Se vivo estivesse, o meu querido amigo OTÁVIO JOSÉ DE SIQUEIRA PEREIRA completaria hoje 93 anos. Ele, eu e o Márlio Cunha, que trabalhávamos juntos na agência local do BASA, criamos e fomos sócios na empresa EMO-Promoções, que na década de 70 promoveu inúmeras apresentações de artistas famosos no Estádio Elinaldo Barbosa, em Santarém. Sou testemunha de que, sozinho, com recursos próprios e de financiamento bancário, Otavio comprou os equipamentos, instalou e fez funcionar a Rádio Guarany FM, mas sem extinguir o seu famoso e lucrativo Serviço de Propaganda Volante Guarany. Pois bem, por ser funcionário do BASA, Otávio optou por registrar a sua rádio, na Junta Comercial, em nome de dois dos seus filhos, o Milson e o Ademir. Ao Milson foi atribuído o comando administrativo e financeiro da rádio e dos demais empreendimentos pertencentes ao Otávio, como a Signus Clube, casa de festas e shows artísticos, e posteriormente também a Televisão Guarany. Tudo corria de forma correta, com resultados satisfatórios, principalmente no âmbito financeiro, mas infelizmente o Milson faleceu. Quem o sucedeu foi o seu irmão Ademir, cujo desempenho à frente da administração do chamado Sistema Guarany de Comunicação, não foi dos melhores, resultando no surgimento de sérios problemas, entre os quais a falta de pagamento em dia de salários dos funcionários da rádio e da televisão. Decorrido não muito tempo dessa mudança de comando, o Ademir também morreu. Daí pra frente, começaram as brigas entre alguns membros da família Pereira, objetivando tomar conta, ficar com tudo o que pertencia ao velho Otávio que, já aposentado como bancário e com idade avançada, passou a ser hostilizado, humilhado e até impedido de participar da administração da empresa que era dele, totalmente. Foi ameaçado até de despejo da sua própria casa residencial em cujo terreno de sua propriedade, construiu o prédio onde funciona até hoje a rádio e a televisão. Sofreu muito o meu amigo Otávio, e dele ouvi a confissão do seu arrependimento de, logo após encerrar sua carreira no Basa, não ter providenciado legalmente o registro da empresa Guarany de Comunicação, em seu nome. Isto teria evitado tanta confusão, tantas inimizades, tantos confrontos, inclusive judiciais, no seio da sua família. Isto é um resumo do que ocorreu, infelizmente, e que resultou na decadência de tudo o que Otávio construiu com muita luta, seriedade e muito amor. Que agora você esteja descansando em paz, é o que desejo, meu amigão.
As fotos mostram:
1) Otávio sendo conduzido em um carro alegórico do bloco Caciques da Prainha, que o homenageou no carnaval santareno de 2002. Ao seu lado, um de seus netos, o Otavinho.
2) Otávio, desempenhou com brilhantismo a presidência do seu querido São Francisco Futebol Clube, conquistando grandes vitórias e títulos de Campeão.
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