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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

 COISAS DO RÁDIO SANTARENO...

(Por Ercio Bemerguy)

"Sou do tempo em que a Rádio Rural era muito bem dirigida pelo Antônio Pereira, Francisca Carvalho, Haroldo Sena, Manoel Dutra e Padre Valdir Serra, com os quais convivi bem de perto, inclusive como Diretor de Programação, além de ser locutor e apresentador de diversos programas. Nessa época, a situação financeira da Rádio Rural não era das melhores, porém, graças aos excelentes programas que eram apresentados, permitia a conquista de muitos e bons patrocinadores, o que possibilitava a cobertura de todas as despesas, como folha de pagamento, compra e manutenção de equipamentos, etc. Lembro-me que no meu tempo (anos 60, 70, 80 e 90), promovíamos shows artísticos não só em Santarém, mas também em cidades vizinhas e nas comunidades do interior do município. Na época de carnaval e quadra junina, a emissora se tornava parceira das promoções realizadas nos clubes, nos colégios, nas ruas da cidade e, em contrapartida, faturava um bom dinheiro com a divulgação desses eventos. E, é preciso frisar, tudo isso jamais comprometeu a imagem e o conceito da Rádio Rural quanto á sua condição de ser uma “rádio católica”. Pelo contrário, desfrutávamos do apoio, participação e solidariedade do povo católico que reconhecia a necessidade dessas promoções para permitir que a rádio permanecesse no ar, sem deixar de lado, sempre priorizando, a sua missão pastoral e de educar, com as sempre lembradas aulas radiofônicas comandadas pelo Movimento de Educação de Base (MEB). Diferentemente do que acontece hoje, a direção da emissora mantinha excelentes relacionamentos com políticos, com empresários e, principalmente, com os governantes do município e do Estado, independentemente de partidos políticos. Nas eleições, os dirigentes e os demais membros da Família Rural, se mantinham e agiam com total imparcialidade. Nos noticiários, nos comentários feitos com total liberdade pelos apresentadores de programas, governantes e políticos eram elogiados quando mereciam e criticados, sem rancor, sem ofensas, quando não agiam corretamente. A Rádio Rural, seus dirigentes e os profissionais que nela atuavam, eram respeitados porque sabiam respeitar o direito de todos, principalmente com relação às posições político-partidárias ou convicções ideológicas de quem quer que fosse.

Por fim, um recadinho aos que estão, agora, no comando da emissora: ouçam os seus colaboradores, não tenham vergonha, não deixem de copiar o que é bom, não inventem o pior. Lembrem-se que os gurus motivacionais ensinam que “é preciso ter humildade, uma ferramenta essencial para o sucesso, pois os arrogantes ficam cegos e no alto do pedestal se julgam os donos da verdade”. Coloquem em suas mentes que a Rádio Rural carece de apoio e que ela pertence ao povo santareno, porque, graças à contribuição da comunidade católica, ela nasceu com o nome de Rádio Educadora de Santarém, em 05/07/1964, fruto do esforço, da clarividência e da obstinação dos padres franciscanos, liderados pelo nosso saudoso e querido bispo Dom Tiago Ryan. Contem comigo, porque eu tenho a absoluta certeza de que colaborei muito para a Rádio Rural crescer, fazer sucesso, ser respeitada. Esta minha manifestação tem uma justificativa: parafraseando meu mano Emir Bemerguy, eu digo “NÃO PERMITO, SENHORES, QUE ALGUÉM GOSTE MAIS DO QUE EU, DA RÁDIO RURAL”.

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