"Fui vítima de uma das maiores perseguições da história do país", diz Lula em lançamento de chapa
O pré-candidato à Presidência da República Lula (PT) discursou durante o evento de lançamento oficial da chapa Lula-Alckmin neste sábado, 7, no Expo Center Norte, em São Paulo. Em seu pronunciamento, o ex-presidente aproveitou para relembrar todos os avanços sociais conquistados durante os seus dois mandatos. “Em vez de promessas, apresento o imenso legado de nossos governos. Fizemos muito, mas é preciso, e é possível, fazer muito mais. Precisamos colocar novamente o Brasil entre as maiores economias do mundo”, defendeu o petista. Durante a sua longa fala, que durou quase 50 minutos, Lula relembrou programas como Minha Casa, Minha Vida, Luz para Todo e Bolsa Família, os maiores legados de sua gestão. O postulante ao Palácio do Planalto também celebrou as políticas sociais que permitiram o acesso de alunos de baixa renda às universidades, como o ProUni, ao FIES e à política de cotas nas universidades públicas.
Lula também fez defesa à soberania da Amazônia. “Defender nossa soberania é defender a integração da América do Sul, América Latina e Caribe. Fortalecer o Mercosul, a UnaSul, a Celac e os BRICS. Estabelecer livremente as parcerias que forem melhores para o país. É lutar por uma nova governança global”, explicou. “O resultado desse desmonte é que somos autossuficientes em petróleo, mas pagamos por uma das gasolinas mais caras do mundo, cotada em dólar, enquanto os brasileiros recebem os seus salários em real”, citou o ex-presidente, que completou: “Defender a soberania é defender a Eletrobrás, os bancos públicos e as universidades e instituições de apoio à ciência e à tecnologia”. Assim como Geraldo Alckmin (PSB), Lula também minimizou o peso das antigas divergências entre os dois. “Paulo Freire dizia que é preciso unir os divergentes, para melhor enfrentar os antagônicos. Sim, queremos unir os democratas de todas as origens e matizes, das mais variadas trajetórias políticas, de todas as classes sociais e de todos os credos religiosos”, afirmou Lula, citando os partidos da base: PV, PCdoB, PSOL, PSB, Rede e Solidariedade. “Tenho o orgulho de contar com o companheiro Geraldo Alckmin nessa nova jornada. Alckmin foi governador quando eu era presidente. Fomos adversários, mas também trabalhamos juntos e mantivemos o diálogo institucional e o respeito pela democracia.”
Ao final do seu discurso, Lula relembrou a sua condenação durante a Operação Lava Jato. As sentenças foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou o ex-juiz Sergio Moro parcial no julgamento. O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a condenação do ex-presidente como “injusta”. “Fui vítima de uma das maiores perseguições políticas e jurídicas da história do país, fato reconhecido pela Suprema Corte e pela ONU.
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