LEITORADO
De Waldir Soares, bairro Batista Campos/Belém:
"Só posso dizer me engana que eu gosto, quem te viu, quem te vê, Maurício. Quando éramos jovens nas noites santarenas o nosso destino, quase que diariamente, era o salão de festas da Fuluca. E hoje, já beirando os 78 anos me dizes que nem sabes onde ficava a Fuluca, que sempre consideraste como sendo um lamentável puteiro, um antro de orgia e de perdição. Te entendo, afinal, és agora um pastor evangélico, mas não gostei teres me chamado de mentiroso na conversa que rolou ontem entre eu, tu e um amigo nosso, quando te fiz lembrar que, embriagado, muitas vezes adormecestes nos braços de raparigas nos quartos alugados pela Maria Moraes para os homens e mulheres daquela época fazerem amor. Eu assumo o que fiz na minha juventude e o que faço agora como setentão, pequeno empresário, solteiro e amante das agitadas baladas que são realizadas em modernas e bonitas boates, sempre lotadas, aqui de Belém onde moro há mais de 40 anos. Já que dizes que estás entregue a Deus, desejo que ele te proteja e te abençoe, muito, muito".
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