LEITORADO
De Fernando Tapajós, santareno, reside em Belém:
"Ercio, ontem, no almoço de festejo do aniversário do Gerson, meu filho, estavam presentes 4 amigos meus de Santarém. Nas conversas, o assunto que gerou boas gargalhadas foi quando eu li o texto transcrito aqui, publicado já faz um bom tempo no teu blog, falando sobre o motel de antigamente, em Santarém. "Era uma casa de madeira, coberta de palha, com três quartinhos utilizados por pessoas de todas as camadas sociais, mediante pagamento antecipado de um valor cobrado pessoalmente por dona Maria Moraes, dona da casa, a cada uma hora de permanência dos casais. Não havia privilégios do tipo fura-fila, todos tinham que obedecer rigorosamente a ordem de chegada para adentrar ao recinto, modesto, mas muito aconchegante, principalmente nas noites chuvosas. Em cada um dos quartos tinha: uma cama de casal (fpto), um travesseiro, uma mesinha, um balde com água, uma bacia, uma toalhinha e um penico. A iluminação era feita por um candeeiro, uma vela ou petromax. Completado o tempo, ouvia-se uma forte batida na porta e a voz da Dona Maria, avisando: “Se avexem, não demorem, saiam logo, tem gente pra entrar!” Bebida, nem pensar... Um detalhe: caso a acompanhante do cliente fizesse algum barulho na hora do chamegamento, a proprietária advertia, ralhava em voz alta: “Credo! Pára com isso, menina. Se tú não aguenta, não te mete com homem. Pára logo com esses gritinhos, com esses gemidos. Este lugar é de respeito!” (o ambiente exige respeito, já dizia Billy Blanco em seu Estatuto da Gafieira) – Outra coisa: Dona Maria guardava absoluto sigilo, não revelava de jeito nenhum e a ninguém, o nome de qualquer frequentador(a) de sua casa. Levava a sério o ditado: “O segredo é a alma do negócio!”"
Nenhum comentário:
Postar um comentário