SANTARÉM DA SAUDADE
Era uma cidade aconchegante, tranquila, pacata... Quase todos se conheciam. Vizinhos e amigos conversavam sentados em cadeiras colocadas nas calçadas em frente às suas residências localizadas nos bairros centrais ou da periferia, sem qualquer perigo de serem importunados por bandidos, gangues ou drogados. Quem desfrutou daqueles bons tempos da vida “mocoronga”, certamente não esquece que, quando os aviões da Cruzeiro do Sul, da Panair do Brasil, da Paraense ou da FAB, pousavam no antigo aeroporto, logo a notícia se espalhava: fulano chegou, beltrano viajou. Hoje, infelizmente, tudo isso mudou. De cada dez passageiros que chegam ou embarcam nas aeronaves, apenas um (ou nenhum) é conhecido. De onde vieram e o que vêm fazer na Pérola do Tapajós, ninguém sabe ou procura saber. Isso já se tornou rotina.
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