SANTARÉM DA SAUDADE
Vou citar algumas coisas de Santarém do passado, que talvez a moçada de hoje desconheça completamente, mas os seus pais e avós se lembram muito bem de tudo isto com muita saudade, eu creio.
Vôvos e vóvos, leiam, se emocionem, são coisas nossas, de nossa época, de nossa juventude, enfim dos bons tempos, inesquecíveis, lá das bandas dos anos 50, 60 e 70:
Eram deliciosos os sabores do “PAUMARI”, licor fabricado pela Dona Bibi, e dos guaranás “SACIL” - do coronel Mario Imbiriba e “IMPERIAL” - do Paulo Lisboa.
Eram atenciosos e eficientes os garçons Itamar, no Centro Recreativo e “Ligeireza” no Bar Mascote.
Nas igrejas catolicas, existiam as congregacoes dos Marianos e das “Filhas de Maria”, integradas por adultos, homens e mulheres. A criançada fazia parte da “Cruzada”.
Não existiam supermercados, apenas mercearias, tabernas, bodegas e quitandas. Em um caderno eram anotadas as compras com seus respectivos valores, para pagamento semanal, quinzenal ou mensal, de acordo com o tipo de freguês. Não eram acrescidos juros, não se sabia o que era a tal de inflação.
Muitas pessoas de diferentes camadas sociais eram conhecidas por apelidos, como estes: Quicé, Xixito, Satuca, Ninito, Mingote, Mamá, Gigi, Mimico, Ximico, Alarga Rua, Caixa d’água, Babico, Manga-dura, Pixirito, Pojó e Xelêco.
A assistência médica à população era feita no Hospital do Sesp e na Casa de Saúde São Sebastião, onde trabalhavam, entre outros excelentes profissionais, os médicos Waldemar Pena e Aloisio Melo, o laboratorista Phebus Dourado e as atenciosas enfermeiras Gracil Miranda, Coló, Diamantina e Laura.
Até ao início dos anos 90, para assegurar vida saudável ao povo santareno, existia a SUCAM, com o saudoso Petronilio Oliveira, comandando uma equipe chamada de “guardas mata-mosquito” que borrifava periodicamente com DDT, os imóveis residenciais e comerciais para evitar doenças endêmicas como malária e febre amarela.
Foto: Hospital do SESP
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