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sexta-feira, 1 de setembro de 2023

 DO PASSADO BELTERRENSE

Um jovem de nome Bianor Rodrigues me enviou mensagem pedindo que eu fale alguma coisa  sobre a cidade de Belterra dos anos 50 e 60, pois está elaborando um trabalho escolar sobre isto. Atendo com prazer, lembrando que, naquelas épocas, as viagens "por terra", no trecho Santarém/Belterra, eram feitas com duração de mais ou menos 5 horas, em caminhões do tipo pau-de-arara, um do Manoel Mota e outro do Manoel Rufino Silva, que trasportavam cargas e passageiros, com muitas paradas à beira da estrada de má qualidade, sem nenhum tiquinho de asfalto. Na época invernosa, a lama e a buraqueira provocavam muito atraso nas viagens, pois os veículos permaneciam por muito tempo atolados e o problema só era solucionado com a ajuda dos próprios passageiros - homens, mulheres e crianças - que empurravam os pesados caminhões.
Devido ao lamaçal, para subirem a Serra do Piquiatuba era preciso colocar nos pneus dos veículos, uma espécie de rede feita com correntes para evitar o atolamento.

Uma das paradas obrigatórias era no bar e lanchonete da dona Mariana, uma simpática cearense, na colônia Morada Nova, onde ela e o marido Mariano, serviam saboroso café quentinho, com pão, broa, tapioquinha e bolo de milho.

Naquela época, podia-se, também, fazer a viagem Belterra/Santarém e vice-versa, "por água", no barco/motor "Deoclécio", de propriedade do Raimundo Figueira, que tinha um estaleiro no bairro da Aldeia, em Santarém. Atualmente, tudo mudou pra melhor, graças a Deus. A estrada que liga Santarém à aprazivel e famosa Terra das Seringueiras, tambem conhecida como Bela Terra, é de excelente qualidade, asfaltada, e o transporte de pessoas e cargas é feito em ônibus confortáveis, além de outros meios alternativos como kombi, vans, etc. A duração é de aproximadamente uma hora.

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