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sexta-feira, 27 de outubro de 2023

ADEUS, FLUMINENSE...

Amigo meu, pelo Watsapp me diz que o imóvel onde há muitos anos era a sede do Fluminente, em Santarém, foi vendida, mas omitiu nomes do vendedor e do comprador que, pra mim, não interessa saber quem é quem, muito menos o motivo da venda. Apenas lamento, porque frequentei muito essa casa desse clube querido comandado muito bem pelo Elvio Fonseca e depois pelo seu filho Eduardo. Músicas românticas, dança à base do "agarradinho", tranquilidade e muito respeito entre os frequentadores, eram os ingredientes que garantiam a realização, há décadas, das festas  às sextas-feiras, no amplo salão da sede social do Fluzão santareno. Era uma tradição, uma opção adequada para quem queria desfrutar de momentos prazerosos. Inúmeras vezes participei dessas festas sempre recebido cordialmente pelo Elvio e Eduardo. Acomodava-me em uma das mesas no salão ou no terraço e, após saborear umas duas ou três "geladas", eu sentia que o som musical era um convite irresistível para dançar e, logo, logo, ia "tirar" uma das damas para bolerar, sambar, forrosear ou até mesmo valsear.

A quantidade de pessoas presentes não importava, o que valia mesmo era o perfil dos homens e das mulheres que, em quase toda a sua totalidade, eram da Velha Guarda, mas que causavam inveja a qualquer jovem ao dançarem agarradinhos e com admirável aptidão, um bolero, samba, forró ou um brega arretado, que eram os ritmos predominantes e preferidos de todos(as) que já estavam acostumados a frequentar o referido clube, onde o saudosismo e o amor estavam sempre na moda. Ah! Avisos afixados na porta de entrada alertavamm que tanto os homens como as mulheres, se apresentassem com trajes decentes, nada de bermudas e chinelões.

Vários grupos musicais, com excelentes cantores interpretavam antigos sucessos de Altemar Dutra, Nelson Gonçalves e Roberto Carlos, do tipo "seresta". Músicas que embalavam os corações apaixonados, isto porque, como já disse alguém, "enquanto existir casais que se amam, o romantismo e as serenatas não desaparecerão". Algumas vezes, a tentativa de uma nova conquista se tornava inútil quando a pretendida, inspirada na música que tocava, confessava que de nada adiantavam os galanteios porque..."conheço bem/ tuas promessas/ outras ouvi/ iguais a estas/ esse teu jeito de enganar/ conheço bem"... Mas, como eu disse antes, o ambiente no Fluminense era dos melhores e diferente, a tradição falava mais alto e, na sintonia do prazer e da emoção, todos os que lá estivessem viviam em paz com a vida, isto eu garanto. No baile do clube tricolor muita gente descobriu o seu jeito de ser feliz, amando e sendo amado intensamente.

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