A primeira providência da prefeita Maria do Carmo (PT) quando assumir a Prefeitura de Santarém, no início de seu segundo mandato, será deflagrar uma “operação verão” para recuperar os estragos que as chuvaradas de inverno fizeram no sistema viário da cidade.
Ela também deverá anunciar sem demora o início de estudos urgentes para avaliar a situação de toda a orla de Santarém, que em boa parte foi inundada pelas águas do rio Tapajós durante a enchente deste ano, uma das maiores das últimas décadas e que causou enormes prejuízos financeiros, sobretudo aos comerciantes instalados na Avenida Tapajós.
Maria do Carmo anunciou essas duas primeiras medidas ontem à tarde, quando falou de Brasília com o repórter, por telefone, e ainda sob o impacto da decisão de quinta-feira (04), do Supremo Tribunal Federal. Por 6 a 4, o STF reformou julgado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que lhe cassara o registro de candidata à reeleição. “Estou aliviada e ainda emocionada. E devo confessar que a decisão de ontem [quinta-feira] me deixou tão emocionada que não consegui conter o choro. E não apenas eu chorei. Todos nós choramos. Até meus advogados. Eu sempre tive confiança em Deus e na Justiça. Sempre tive confiança no Supremo Tribunal Federal do meu País. Por isso é que só tenho a agradecer”, disse a prefeita.
Maria do Carmo chega no início da tarde de hoje a Belém e aqui passará o final de semana. Deve retornar à sua cidade somente na terça-feira. Se todos os procedimentos burocráticos, posteriores à decisão do STF – inclusive a publicação do acórdão com a decisão do Supremo - correrem bem, ela estima que deverá ser diplomada pelo Juízo Eleitoral de Santarém na terça e empossada pela Câmara Municipal no dia seguinte, quarta-feira, em meio a uma grande festa popular.
A prefeita adiantou ao blog que dificilmente será possível desenvolver alguma programação especial para marcar em grande estilo o aniversário de Santarém, no próximo dia 22 de junho. Mas se permitiu avaliar qual é o melhor presente que a cidade vai receber. “Sem falsa modéstia, mas acho que o melhor presente que Santarém poderá receber será a minha volta, para honrar o mandato que o povo me concedeu”, disse Maria. Ela informou que ontem mesmo, nem bem haviam se completado as primeiras 24 horas da vitória obtida no Supremo, teve encontros na Casa Civil da Presidência da República, em Brasília. E neste final de semana terá uma audiência – já marcada – com a governadora Ana Júlia Carepa (PT).
Tanto nos encontros da Casa Civil como na audiência com Ana Júlia, a pauta é uma só: a prefeita busca informações sobre as disponibilidades financeiras que ainda existem, para que tanto a União como o governo do Estado ajudem a dar andamento ou mesmo iniciar projetos que recuperem Santarém, depois destes seis primeiros meses de inverno rigoroso. Maria do Carmo também ressaltou ser prioritário, neste início de mandato já no meio do ano, articular-se politicamente não apenas com a Câmara Muncipal, mas com a bancada federal do Estado, para definir o orçamento do próximo exercício e quais as emendas que, no Congresso, poderão ser apresentadas para constar da peça orçamentária da União.
A prefeita foi enfática dizer que não considera estes seis primeiros meses um “tempo perdido”. Ao contrário, aproveitou para ressaltar a atuação do prefeito interino, o vereador José Maria Tapajós (PMDB).“Eu quero deixar bem claro que o vereador José Maria Tapajós, como prefeito interino de Santarém, fez o que era possível fazer. E digo mais: acho que eu mesma, se estivesse no lugar dele, faria tudo exatamente como ele fez. O prefeito interino enfrentou uma conjuntura difícil, e a mim cabe agradecer-lhe pelo muito que fez por nossa cidade”, disse Maria do Carmo.
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