Após aceitar mudar trechos do Programa Nacional de Direitos Humanos criticados por militares, Igreja e setor agrário, o governo decidiu também alterar a parte do texto que dão margem para o controle da imprensa.
Ontem, em depoimento na Comissão de Relações Exteriores e de Diretos Humanos do Senado, o ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, disse que a intenção é dialogar com a imprensa.
— Não há a palavra "controle social" (da mídia). Vamos alterar a redação. Queremos o diálogo com as entidades midiáticas. As alterações podem ser no sentido de um acompanhamento da classificação indicativa.
Vannuchi alegou que recuo, na política, "é pão de todo dia", e admitiu que o programa original tem erros. Segundo ele, as correções serão feitas nas próximas semanas.
Além da parte que trata dos meios de comunicação, serão feitas mudanças em outros três temas: a questão dos conflitos agrários, a descriminalização do aborto e a proibição da ostentação de símbolos religiosos em órgãos públicos. O conteúdo dessas questões permanecerá, mas os textos serão revisados para evitar interpretação equivocada:
— É preciso humildade para reconhecer: sendo um concerto de múltiplas vozes, há erros e necessidade de correções. (Fonte: O Globo)
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