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sábado, 1 de maio de 2010

Caso Lana: obstetra dá explicações

O médico obstetra José Negrão Guimarães se manifestou ontem, em coletiva de imprensa no escritório do advogado dele, sobre o caso da estudante Lana Carla Silva Pimenta, 19 anos, que foi submetida a uma cesariana e saiu da cirurgia sem o bebê. Ele acha que a solução para o "enigma" da moça, que acredita que teve o filho roubado da Maternidade do Povo, está entre os meses de janeiro e abril deste ano. Isso porque em dezembro de 2009 e janeiro de 2010 foram realizadas duas ultrassonografias, que atestavam que a ela estava grávida. No entanto, no dia 23 de abril, quatro dias após a data da cirurgia de retirada da criança, foi constatado que ela não carregava uma criança no ventre.

O motivo é que o útero de Lana apresentava volume de 43,42 cm³, medida considerada normal, já que uma mulher que teve filho recentemente deve apresentar medida acima de 90 cm³ por pelo menos 40 dias após o parto. O útero de Lana, portanto, só poderia voltar ao normal depois da quarentena, o que não aconteceu. Outro fator apontado pelo médico obstetra é que o exame de beta HCG, hormônio produzido pela placenta durante a gravidez, também deu negativo, sendo que ele deveria permanecer no corpo da paciente por no mínimo dez dias. "Portanto, era humanamente impossível que ela estivesse grávida naquela ocasião", disse.

Guimarães explicou que recebeu do médico ginecologista Raimundo Góes, da Santa Casa de Misericórdia, um encaminhamento para a realização do parto na Maternidade do Povo com vários dados de Lana e do bebê. Entre eles, que a criança apresentava 142 batimentos cardíacos por minuto. E que, por estar deitada na região pélvica, deveria ser realizado um parto cesariano.

Diante destas informações, o médico verificou mais uma vez os batimentos do bebê, mas não escutou absolutamente nada. O que fez o médico crer que a criança estava morta. "Não fiz ultrassom, pois o serviço estava indisponível no hospital. E também porque ele nem é recomendado antes do parto", explicou. "Além disso, as pessoas precisam entender que sou o topo do iceberg. Eu não a conhecia. A moça fez o pré-natal pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e no nono mês foi à Santa Casa, que me enviou um relatório dizendo que ela estava apta para o parto desde o dia 18 de abril. E fiz o que estava ao meu alcance".

O médico contou que levou a paciente para a sala de operação, ela foi anestesiada e foi realizado o parto. Mas durante a operação de Lana, ele constatou que não havia criança alguma em seu útero. Ao contrário disso, o órgão estava bastante pequeno, tanto que nem foi preciso abrir para confirmar que não existia nenhum bebê de nove meses de gestação ali dentro. Guimarães disse que até tentou descobrir se era uma gravidez extra uterina, mas não encontrou nada. "Foi neste momento que mostrei in loco para a mãe da paciente que não existia bebê. Mas é assim mesmo. Se eu omitisse socorro, seria crucificado. Se eu fizesse a cirurgia, também seria porque a Lana queria a criança. Mas preferi preservar a vida dela", disse.

Após se deparar com a situação, o médico obstetra informou que procurou, imediatamente, o Conselho Regional de Medicina (CRM) para denunciar o caso. "Não tenho necessidade de esconder nada. Estou aberto e tranquilo para responder a todos os questionamentos sobre o caso. Tenho 40 anos de profissão e uma carreira íntegra. Não iria me queimar por causa de R$ 90 de uma cesariana, valor que recebo para realizar a cirurgia no SUS", afirmou.

2 comentários:

  1. Fiquei impressionada com este caso e acredito piamente que tanto a suposta grávida como sua mãe estão omitindo algo, so não dar para entender o que ambas pretendem com tal farça.

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  2. concerteza tem algo sujo ai, mais tem mais gente envolvido, como a medica que fez o pre-natal e o secretario que apoia a medica tudo farinha do mesmo saco isto esta me cheirando a grana facil. querendo denegrir a carreira de um profissional fala serio.

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