Ao que tudo indica, os usuários de ônibus de Belém ainda vão ter que esperar pelo menos mais dois dias para voltar a pagar R$ 1,70 pela passagem. Desde as 13 horas de quinta-feira, o oficial de Justiça têm em mãos a intimação que obriga o prefeito de Belém, Duciomar Costa, a anular, imediatamente, o ato administrativo assinado no início de fevereiro que autorizou o reajuste no valor da tarifa do transporte coletivo. No entanto, nem a Companhia de Transporte de Belém (Ctbel) e nem o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setransbel) foram notificados ontem da decisão do juiz Elder Lisboa. O magistrado concedeu tutela antecipada ao Ministério Público, que, em ação civil pública, apontou o aumento da passagem - para R$ 1,85 - como abusivo, por estar acima da inflação e não levar em consideração o poder aquisitivo dos belenenses.
Mário Melo, presidente do Setransbel, não se conforma com a determinação de Lisboa. "Nós temos um custo muito alto e, se você voltar para a tarifa de 2008, as empresas não vão aguentar", afirmou. Além disso, Melo garante que os empresários têm trabalhado para melhorar a qualidades do serviço, atendendo assim a um dos pontos que justificou o aumento. "Onde é que a frota está sucateada? O que acontece é que tem muito transporte clandestino", justificou. Apesar de ser contrário à nova decisão, Mário Melo afirmou que as empresas não irão resistir às determinações. "Na hora que a notificação chegar nas nossas mãos, nós vamos cumprir. Mas que nós vamos recorrer não tenha dúvidas. Nós não trabalhamos com inflação, mas com custo. As nossas peças aumentaram muito. Vamos justificar tudo isso", afirmou o presidente da Setransbel.
Devido ao ponto facultativo decretado na Ctbel ontem, o órgão espera ser notificado pela Justiça apenas na segunda-feira. Entre os usuários, a demora do cumprimento da determinação judicial aumenta a desconfiança. "A gente fica com um pouco de dúvida se isso (redução no preço das passagens) vai acontecer mesmo. Fica sempre com o pé atrás", disse o tecnólogo de alimentos Felippe Melo, de 22 anos. (Fonte: Amazônia)
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