O escritor e filósofo Benedito Nunes não pôde receber na noite de ontem o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Victor Sales Pinheiro, mestre em Filosofia, discípulo e amigo de Benedito, representou o escritor na cerimônia, realizada no Petit Trianon, Rio de Janeiro. Em nome do filósofo paraense, Victor recebeu R$ 100 mil, diploma e troféu, na forma de um busto de Machado de Assis.
Benedito, que também é crítico literário, professor emérito da Universidade Federal do Pará (UFPA) e presidente do Conselho da Editora da UFPA (Edufpa), está internado desde a última segunda-feira, por causa de uma crise hipertensiva, no hospital Beneficente Portuguesa. Boletim sobre o estado de saúde, divulgado ontem, mostrou que sua pressão está quase normalizada. O escritor deve ter alta hoje.
O Machado de Assis é o principal prêmio literário brasileiro, oferecido pela ABL. Além do conjunto da obra, a premiação contempla escritores nas categorias "História e Ciências Sociais", "Ensaio", "Literatura Infantil", "Ficção", "Tradução", "Poesia" e o "Prêmio Roteiro de Cinema", cujos vencedores recebem R$ 50 mil. A Comissão Julgadora do Prêmio Machado de Assis foi formada pelos acadêmicos Eduardo Portella (presidente), Tarcísio Padilha, Lygia Fagundes Telles, Alfredo Bosi (relator) e Domício Proença Filho.
"A entrega do Prêmio Machado de Assis a um crítico literário paraense tem um significado bem maior do que o de apenas premiar um intelectual. O fato de Benedito Nunes, independentemente de seu trabalho estar entre os de maior destaque no Brasil e no exterior, ter sido o escolhido pela Academia evidencia a confirmação da missão acadêmica de integrar culturalmente todas as regiões do país. A ABL está atenta ao Brasil como um todo, como uma nação", afirmou o presidente da Casa, Marcos Vinícius Vilaça. (No Amazônia)
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