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terça-feira, 27 de julho de 2010

Suspenso concurso do INCRA

A Justiça Federal suspendeu ontem o concurso do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) feito este ano. A decisão da juíza Lucyana Said Daibes Pereira, da 2ª Vara Federal em Belém, foi tomada a pedido do Ministério Público Federal (MPF). Foi suspensa, também, a nomeação dos candidatos aprovados. A decisão vale para todo o País, faltando apenas ao Incra a intimação oficial para que ele inicie o cumprimento das determinações imediatamente.

No dia 29 de junho, o procurador da República Alan Rogério Mansur Silva ajuizou ação depois de recomendar ao Incra a suspensão do concurso e não ser atendido. De acordo com a apuração do MPF, mais de mil pessoas em Belém, Santarém e Marabá foram diretamente prejudicadas no dia da prova, ocorrida em 13 de junho, por causa de incorreções no sistema de inscrição, falta de provas e consequente cancelamento da aplicação dos exames. Em escolas de Belém, Marabá e Santarém, vários candidatos se surpreenderam ao abrir as provas e constatar que não eram dos cargos que haviam escolhido. Os organizadores ainda tentaram substituir as provas e fazer correção no cadastro, mas não conseguiram material suficiente para todos.

"Forçoso é o reconhecimento de que as consequências da desorganização na realização do concurso nessas três escolas, em prejuízo dos candidatos que nelas realizariam o exame, repercutem no resultado do concurso como um todo", afirma a juíza. Na decisão liminar - urgente e provisória - sobre o caso, a juíza relata que o próprio Incra reconheceu que 1.308 candidatos, de um total de 53.157 inscritos, ficaram sem fazer as provas.

"O princípio constitucional que assegura o livre acesso aos cargos públicos pela via legítima do concurso público passa pela garantia do tratamento isonômico dos candidatos, seja no regramento previsto no edital, seja na realização do certame", ressalta o texto da decisão.

Segundo o site do Incra, para o concurso foram oferecidas 480 vagas de nível superior, com remunerações iniciais entre R$ 3.713,74 e R$ 4.598,80, além de 70 oportunidades de nível médio, cuja remuneração é de R$ 2.254,64.

Na ação, o procurador da República Alan Rogério Mansur Silva também havia pedido a realização de novas provas em substituição ao certame em 13 de junho. A Justiça Federal considerou que a aplicação de novos exames pode aguardar até que o caso tenha uma sentença definitiva. (No Amazônia)

3 comentários:

  1. É uma pena que a ação tenha ocorrido apenas no Pará pois no Rio Grande do Norte e em outros Estados ocorerram graves problemas, inclusive o início do certame que estava previsto para às 10:00h só começou por volta de uma 13:00h.´Foi um derrespeito geral, pois muitos fizeram a prova psicologicamente abatidos e com fome; é até desumano!

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  2. Raios, raios, raios duplos!

    O Pará... o lugar histórico do grão-pará, da boracha, garimpo, minério, Barbalho, Carepa, mortes inexplicadas, n fraudes, descontentamentos, fronteira agrícola! Um lugar efêmero. Foco de queimadas. Foco de tensões. E atenções.

    Uma segunda chance a quem de fato não teve chance. Uma afagada no âmago de quem pega carona, independente do prejuízo alheio.

    Duro é julgar. Mas a ineficiência/oportunismo de alguém é prejuizo certo de muitos que agiram corretamente.

    E não sei o quanto se ganha com toda a justiça sendo feita!

    Ass.: Zé. (não entendi estes perfis e sou visitante primário. Mas não anônimo por inteiro!)

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  3. Zé,
    É um prazer tê-lo como leitor. Para facilitar, continue usando o perfil Anônimo e, ao final do comentário faça constar o seu nome, se achar conveniente.

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