O comandante da Polícia Militar, coronel Augusto Leitão, disse, ontem, que a locação dos veículos que estão sendo usados pela corporação faz parte de um planejamento iniciado há, pelo menos, nove meses. "Em primeiro lugar, buscou-se formar o policial militar. Formamos, em julho, 1.800 PMs para atuar na área metropolitana. Dentro desse planejamento, tínhamos que colocar esse PM equipado, com fardamento, equipamentos e viaturas para poder atender a população o mais perto possível. Fomos buscar as viaturas para que ele pudesse estar perto do cidadão."
O coronel Leitão disse que a corporação precisa de pelo menos 450 veículos, "para que o cidadão sinta que, no seu bairro, perto da escola onde seu filho estuda, tenha policiamento. A realidade que nós vivemos é essa.
Você sai de casa, volta, para no semáforo de madrugada e você não vê policiamento. Agora, você não vai voltar para casa sem ver policiamento. Temos uma situação de violência, que é necessário e prioritário reverter. Tanto é que estamos investindo, com recursos dentro do nosso orçamento, para que o cidadão tenha a segurança, não apenas uma sensação de segurança", afirmou.
O comandante da PM afirmou que, economicamente, a locação supera, "em muito", a aquisição de um veículo: "O valor do carro locado durante um ano todo já é menor que o valor de aquisição do carro. O carro próprio dá despesa com manutenção, com pneu. E, em um acidente, pode haver perda total do veículo. Na locação, isso já está incluído, e tem até seguro, inclusive contra terceiros". Segundo ele, desde 2007, o Estado de Goiás loca veículos, como também o fazem Mato Grosso e Distrito Federal. "A experiência mostrou para a gente que os resultados são positivos", disse. Ele explicou que o Estado aderiu a uma licitação feita em Goiás, em 2007. "Não houve dispensa de licitação. Aderimos à licitação já ocorrida em Goiás, em 2007. A Polícia Militar foi buscar no Brasil quem forneceria essa quantidade de veículos com essas condições favoráveis ao contribuinte", disse.
Segundo o coronel Leitão, o contrato permite a locação de até 450 carros (atualmente, estão sendo usados 110), durante dois anos: "Alguns (desse total geral) vão para o interior: Santarém, Marabá, Castanhal. Estamos aumentando (o número de veículos) à medida em que haja necessidade para o Estado". O comandante diz que esses carros, nos quais ficam dois PMs, não são, mesmo, para uma perseguição e nem para transportar presos. "É para fazer o policiamento aproximado, preventivo. Policiamento esse que o cidadão precisa ter na saída de seu filho da escola, à noite, na saída da faculdade, quando vai para o trabalho, quando está nos pontos de ônibus", disse. E completou: "Até porque na realidade da área metropolitana não cabe perseguição. É para isso que temos radiocomunicação, helicóptero, todos os meios para fazer o cerco tático e nunca perseguição, que é coisa de filme de fora, em que as viaturas saem batendo carro, quebrando patrimônio alheio, isso não cabe na nossa região, nós sabemos como é o trânsito aqui."
A bancada do PSDB na Assembleia Legislativa deve ingressar hoje com requerimento pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o aluguel de 450 novas viaturas pela Polícia Militar do Estado, firmado com a empresa Delta Construções. (No Amazônia)
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