O candidato Fernando Carneiro (PSOL) foi entrevistado ontem ao vivo no Jornal Liberal Segunda Edição (JL2), como parte da série de entrevistas ao vivo com candidatos ao governo do Estado. Fernando Carneiro, que foi presidente da Companhia de Transportes do Município de Belém (Ctbel) na administração do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, se considera preparado para governar o Pará. Ele disse que nas ruas recebe da população a demonstração de uma grande insatisfação com governantes que já passaram pelo Estado do Pará.
"Acho que isso é uma credencial para nós; a segunda credencial é justamente a aliança que a gente tem com o povo, isso não é uma experiência inédita. Belém já teve uma experiência dessas. O Edmilson Rodrigues, quando assumiu a prefeitura de Belém, não tinha nenhuma grande aliança de partidos apoiando, era uma pessoa que não tinha experiência administrativa diretamente, mas foi o melhor prefeito que Belém já teve e hoje está junto com a gente", declarou. Ele disse que isso é uma credencial para governar, desde que o eleito esteja centrado em princípios de participação popular e programáticos, o que acredita que o PSOL tem de sobra.
O candidato do PSOL disse que, se eleito, necessariamente os gestores não precisam ser de seu partido. Ele poderá buscar equipes técnicas no interior do Estado ou que trabalharam na prefeitura de Belém juntamente com ele. Carneiro disse como vai tratar a segurança. Pela insatisfação que tem escutado de eleitores, considera o problema como o principal a ser discutido nestas eleições. Segundo ele, o Pará é um dos Estados mais violentos, no qual a taxa de homicídio cresceu 195% nos últimos dez anos.
Para resolver o problema da violência, o candidato disse que promoverá concurso público, mas sem deixar de chamar os aprovados. "Mas a questão fundamental, que nenhum candidato abordou de forma coerente e incisiva, é o problema da violência, que não se resolve só com a equação policial x criminoso. Se você não incluir um elemento externo a essa equação, vai ser igual a um cachorro correndo atrás do rabo. A equação é de fato programas sociais para tirar a juventude da criminalidade", explicou.
Quanto à área da saúde, as medidas propostas por Carneiro são bem mais radicais. Ele disse que o PSOL não aceita a lógica de hoje de que os hospitais regionais estejam em mãos de empresas privadas, gerenciados por organizações sociais. "Se você é um empresário, qual é o seu principal objetivo? É o lucro. Então, isso não pode; saúde, para nós, não é negócio. Nós vamos retomar o controle dos hospitais públicos pelo Estado, nós não vamos privatizar a saúde", garante. Hoje, diz ele, somente 40% do Estado têm atenção básica, por isso o governo não está interessado em fazer prevenção, assim como na área de segurança, apenas "trata de remediar para beneficiar a gestão privada dos hospitais regionais".
Quanto a investimentos em infraestrutura, ele disse que o PSOL já tem uma posição marcada em relação à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. "Nós já decidimos contra. A lógica para a Amazônia são os grandes projetos, como se eles fossem a salvação da Amazônia, como a Transamazônica, Tucuruí e Carajás. Hoje, será apresentada uma entrevista com o candidato Cleber Rabelo, do PSTU. A entrevista foi gravada. (No Amazônia)
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