O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cogita não nomear o sucessor definitivo de Erenice Guerra na Casa Civil agora ou na semana que vem. Lula pode esperar até depois da eleição de 3 de outubro.Por enquanto, ficará na cadeira interinamente o secretário-executivo da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima.
A queda de Erenice atordoou o Planalto. A ordem agora no governo é tentar reduzir a temperatura do caso.Há também dois outros argumentos contra uma indicação já.
Um argumento político é que ao nomear alguém agora como ministro da Casa Civil Lula estaria criando um ruído com Dilma Rousseff (PT), até o momento a favorita. Se for indicado algum nome forte politicamente Lula daria, mesmo de forma inadvertida, um recado: quero essa pessoa também no governo Dilma.
E há um argumento operacional para deixar a nomeação para o período pós-eleitoral. É que o novo ministro da Casa Civil vai cuidar da transição entre governos. Mesmo que seja Dilma a eleita, será uma nova administração a partir de 1º de janeiro de 2011.
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, passou a ser cogitado para a função, pela desenvoltura política demonstrada ao longo do governo. Ele entrou em férias esta semana para se dedicar à campanha eleitoral no Paraná.
A Folha também apurou que a coordenadora-geral do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), Miriam Belchior, cotada para o lugar de Erenice, perdeu força nas últimas horas porque ela está com receio de assumir o cargo e virar alvo da imprensa.
Miriam não foi chamada para conversar com o presidente, apesar de ter sido avisada da possibilidade de virar ministra. Ela, porém, está reticente em aceitar. (Na Folga Online)
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