Cerca de 30 ônibus de vários municípios do Estado trouxeram pessoas para o evento, que também contou com a participação do candidato a vice de Ana Júlia, Anivaldo Vale, do candidato do PT ao Senado, Paulo Rocha, e do prefeito de Belém, Duciomar Costa, o único que recebeu vaias. Antes de começar a falar, o presidente Lula foi homenageado com um vídeo sobre sua trajetória política e seu governo. Durante o evento, Ana Júlia defendeu o nome de Lula para o prêmio Nobel da Paz.
Durante 40 minutos, o presidente Lula ressaltou as realizações de seus oito anos de governo e dos quatro de Ana Júlia. Também desafiou a oposição tucana no Estado a comparar o governo dele com 20 anos de governos do PSDB, assim como os quatro anos de Ana Júlia com os doze anos de governo tucano no Pará. 'Eles não podem comparar por questão de ética todos os anos em que governaram, porque todos eles são farinha do mesmo saco. Então a gente não pode se iludir com a ‘sabedoria’ tucana, bicho esperto de bico longo. Eles dizem que sabem tudo porque tiveram um presidente doutor? Um ministro da Educação doutor? Mas foi preciso um metalúrgico para fazer mais universidades que eles, mais escolas técnicas, para fazer a revolução no Brasil. Um metalúrgico que não fala espanhol, francês nem inglês, mas que sabe entender o coração do povo e em oito anos tirou 37 milhões das classes D e E para a classe C e 27 milhões de brasileiros da pobreza', afirmou.
Em nenhum momento Lula poupou os adversários de Ana Júlia e de Dilma Rousseff. Ele alertou que é preciso não fazer o 'jogo sujo e baixo que eles estão fazendo'. Ele lembrou ainda que somente agora, depois de mais de 30 anos da construção da hidrelétrica de Tucuruí, 1,2 milhão de paraenses tiveram acesso à energia elétrica no Pará com o programa 'Luz para todos'.
Em seu discurso, Ana Júlia disse que os mesmos que combateram o candidato Lula no passado, afirmando que sairiam do País caso ele fosse eleito, são os que agora combatem sua reeleição com preconceito e discriminação. 'Eles não se conformam em ver que é uma mulher que está fazendo inclusão social com o maior programa de capacitação de jovens do Brasil, com 70 mil jovens no Bolsa Trabalho e 22 mil deles empregados com carteira assinada', afirmou. A candidata também ressaltou a fábrica de biodiesel em Tailândia e a siderúrgica em Marabá.
Primeiro compromisso foi no banco da amazônia e incluiu aplausos
Já passava das 16h quando o presidente Lula entrou no auditório do Banco da Amazônia, em Belém, para cumprir o primeiro compromisso de sua viagem a Belém. Sua candidata à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, esperada para o comício em apoio à reeleição de Ana Júlia Carepa (PT) ao governo do Estado, que aconteceria horas mais tarde no bairro da Pedreira, acabou não vindo a Belém.
Acompanhado do prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), que coordena a campanha da ex-ministra na capital paraense, e ainda do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Campos, Lula entrou pela porta principal do auditório sob aplausos. Durante sua fala, falou dos investimentos do governo federal no Estado, lançou dois editais públicos para licitação de obras de pavimentação e revitalização de várias rodovias estaduais - inclusive das que integram a Transamazônica -, afirmou que não parou de trabalhar durante o período eleitoral porque não quer perder tempo e anunciou que Belo Monte vai sair, sim.
Lula chegou a Belém depois das 15h e seguiu direto para o Banco da Amazônia. Ele foi recebido pelo presidente do banco, Abdias José Junior. O secretário de Estado de Transportes, João Bosco Lobo, anunciou o lançamento dos dois editais, um investimento de cerca de R$ 830 milhões, e ainda a reabertura de obras do trecho da Transamazônica, entre os municípios de Novo Repartimento e Pacajá, orçadas em R$ 143 milhões. Ele disse ainda que em outubro desse ano deve ser lançado o edital para obras de rodovias entre os municípios de Marabá e Novo Repartimento, que compõem a Transamazônica.
A contratação de obras relacionadas ao primeiro edital significará o início das obras de pavimentação de cerca de mil quilômetros da Transamazônica - que tem pouco mais de 1.500 km dentro dos limites do Estado. Lula disse que visitará a Ferrovia Norte Sul [FerroNorte] e que até dezembro entregará 1.500 km dela. 'Hoje a gente gasta por mês mais de um bilhão e duzentos milhões de reais em infra de transporte, valor que os outros governos gastavam por ano nisso', disparou. (No Amazônia)
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