A Justiça do Trabalho deve fechar no próximo dia 21 a venda do Baenão para as empresas Agre e Leal Moreira, por R$ 33,2 milhões, e a Arena do Leão, novo estádio do Remo, deverá mesmo ser construída no antigo bairro do Aurá, hoje chamado Anita Gerosa, em Ananindeua. O martelo já está praticamente batido e só se houver uma reviravolta muito grande o negócio não se concretizará.
Ontem, no último dia do prazo dado pela juíza Ida Selene Braga, titular da 13ª Vara do TRT (Tribunal de Justiça do Trabalho) da 8ª Região, as promessas da oposição remista não se concretizaram. Na reunião realizada no cabinete da magistrada, nenhuma outra proposta de compra do estádio azulino foi apresentada e o terreno na Alça Viária, que seria uma alternativa para a polêmica área no bairro Anita Gerosa, foi completamente descartado.
'Na verdade, o Baenão não pertence mais ao Clube do Remo. Juridicamente, o estádio está sob a tutela da Justiça do Trabalho. O que nós, da comissão, podemos fazer é apresentar o nosso relatório ao Conselho Deliberativo para que ele tome uma decisão sobre o local onde a Arena do Leão será construída', explicou Domingos Sávio, promotor de justiça e membro da comissão criada pelo Conselho Deliberativo para analisar a negociação. 'Mas independente desta decisão, será a Dra. Ida Selene quem vai decidir o futuro do clube. Se o Baenão não for vendido para as construtoras, ele será leiloado e muito provavelmente por um valor abaixo da proposta atual', acrescentou.
De acordo com o conselheiro, que mais uma vez negou a existência de qualquer outra proposta de compra do estádio, o relatório da comissão deverá estar pronto até esta quinta-feira. O documento será entregue ao presidente do Condel azulino, Felício Pontes, para que ele decida se convoca ou não uma reunião extraordinária do colegiado para debater novamente o assunto.
O ex-presidente do clube e grande benemérito Manoel Ribeiro também comentou o resultado da reunião. Para ele, a venda do Baenão é mesmo um fato irreversível e a ida para o antigo bairro do Aurá é um fato praticamente consumado. 'Todos os prazos estabelecidos pela justiça foram cumpridos e até o momento não surgiu nenhuma proposta além da que foi feita pela construtoras interessadas no Baenão. E mesmo que houvesse uma oferta pela área do ‘Carrossel’, ela não seria levada em conta uma vez que a ideia não é fatiar o Baenão', argumentou.
Em relação ao terreno de 180 mil metros quadrados que foi oferecido ao clube na entrada da Alça Viária, Ribeiro revelou que o problema foi a grande diferença de preço se comparado com a área de 200 mil metros quadrados no Anita Gerosa. 'Os proprietários do terreno da Alça Viária querem R$ 4,8 milhões, enquanto que o outro ficou em R$ 2,7 milhões', destacou o 'Marechal da Vitória'.
Além de Domingos Sávio e Manoel Robeiro, também participaram da reunião na sede do TRT os conselheiros Luiz Neto, Sérgio Cabeça e Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, além do presidente Amaro Klautau. (No Amazônia)
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