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domingo, 17 de outubro de 2010

Dom Erwin usará Nobel Alternativo para lutar contra Belo Monte

O vencedor do prêmio Nobel Alternativo, o bispo da região do Xingu dom Erwin Kräutler, se disse feliz pela premiação e pretende usar o reconhecimento internacional para conseguir apoio na luta contra a hidrelétrica de Belo Monte. Como presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), teve a luta em favor do meio ambiente, dos direitos humanos e dos povos indígenas reconhecida pela instituição sueca Right Livehood Prize. O prêmio será entregue dia 6 de dezembro, na cidade de Estocolmo, Suécia. Para ele, a usina será um golpe fatal na Amazônia, já que instalará mais três barragens no Xingu e uma no Tapajós.

"Sou austríaco, mas me considero muito brasileiro. Eu defendo o Brasil, País que é responsável pela Amazônia. E a desculpa de que o interesse na Amazônia é de entidades internacionais e é de dar náuseas. Belo Monte vai causar muitos danos no meio ambiente e no clima em todo o planeta. As queimadas já acabaram com tudo e as mineradoras estão terminando o serviço. Estamos lutando contra o tempo. O Ministério Público Federal pediu um novo parecer técnico sobre as áreas de inundação de Altamira. Os índios, de fato, não terão suas terras inundadas. Mas terão a água cortada. Como esse povo vai sobreviver? E as pessoas que só vivem de criação de animais e agricultura familiar? A hidrelétrica não é para pobres. É para ricos e mineradoras", critica dom Erwin.

O bispo também discorda do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu, elaborado pela Secretaria de Estado de Integração Regional (Seir). O plano foi entregue ao presidente Lula na última quinta-feira (15) e prevê R$ 2,5 bilhões em investimentos e compensações pela instalação de Belo Monte. "Eu lamento que este plano tenha sido apresentado num cenário eleitoral. E apesar de dizerem que a sociedade civil organizada foi consultada, na verdade não foi. Nem quem é contra e nem quem é a favor foi ouvido", comentou.

Dom Erwin já recebeu diversas ameaças de morte pela luta em favor de índios e comunidades carentes. Ele diz que não vai parar a luta dele, ainda mais agora que recebeu apoio internacional com o prêmio Nobel Alternativo. "Essa luta contra Belo Monte é ímpar. A causa é que foi premiada. Vou continuar com fé em Deus e Nossa Senhora", concluiu. (No Amazônia)

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