Atrás nas pesquisas de intenção de voto, o candidato José Serra (PSDB) saiu do tom moderado e adotou uma postura mais combativa contra a adversária na disputa presidencial, Dilma Rousseff (PT), no debate da TV Record.
Mais sério do que em debates anteriores, o tucano foi ao ataque usando os escândalos na Casa Civil, o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), e tentou inverter os ataques feitos a ele pela campanha petista, que o acusa de defender a privatização.
Nos temas da banda larga e da Petrobras, sugeriu que quem trabalhou pela privatização foi Dilma.
A candidata petista rebateu os ataques e, em geral, contra-atacou. Quando o assunto foi a Casa Civil e Erenice Guerra, Dilma trouxe novamente à tona as acusações envolvendo o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto. Insistiu no assunto por três vezes.
Serra foi o primeiro a abordar a temática dos escândalos, e citou a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra, que hoje prestou depoimento à Polícia Federal no caso em que é acusada de tráfico da influência.
Dilma se apressou em responder com um argumento já usado em outros debates, e partiu para o contra-ataque, ao tratar de Paulo Preto.
"A seis dias da eleição nós temos um fato importante. A ex-ministra depôs na Polícia Federal. O que dizer do Paulo Preto, que quando te ameaça vocês escondem o que ele faz? Ele está envolvido na operação Castelo de Areia por desvio de recursos", disse a candidata petista.
Serra rebateu afirmando que a campanha petista inventa "um rosário de mentiras" sobre ele.
"Vocês inventam uma coisa de que teria havido uma contribuição que eu não teria recebido e ele teria recebido. Primeiro que eu seria a vítima. Quem tem que investigar é a Polícia Federal. Ele sequer foi chamado para depor".
Dilma insistiu no assunto Paulo Preto.
"A Polícia Civil de São Paulo poderia investigar o fato de que ele foi preso por receptação de joia roubada. Além disso, vocês poderiam pelo menos ter aberto uma sindicância para investigar esses malfeitos. Tem gente que investiga e pune, tem gente que acoberta e considera a pessoa que fez o malfeito competente e séria".
Serra, então, recorreu aos escândalos na Casa Civil novamente.
"Ela [Dilma] teve como braço direito uma mulher que montou um esquema amplo de corrupção. Aliás, foi a mulher que a Dilma deixou pra ocupar o lugar dela". (Na folha.com)
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