Depois de conceder entrevista coletiva no comitê de campanha, Jatene correu para o Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, mais uma vez utilizado como central apuradora -, para cumprimentar Maroja, que lhe esperou para divulgar o resultado. "Podem esperar uma dedicação muito grande, uma união cada vez maior. Temos muitas riquezas, mas temos muitos desafios. Precisamos fazer pacto, governo se faz unindo, e não dividindo. E esse pacto tem que ser construído por toda a sociedade. Agora é arregaçar as mangas", afirmou Jatene ao chegar ao mezanino do Hangar, onde um grupo de jornalistas já o esperava. "Reafirmo, o Pará é maior que qualquer partido e liderança política. Penso isso do Pará e do Brasil. Espero que a presidente eleita, Dilma Rousseff, pense da mesma maneira. Tratarei-a com todo o respeito que ela merece", falou. Em seguida, o tucano pediu licença após falar rapidamente com a imprensa e partiu ao encontro de João Maroja, do outro lado do complexo.
O governador eleito agradeceu o trabalho do TRE-PA e da imprensa, e questionado sobre as denúncias de compra de voto e outras formas de corrupção eleitoral feitas por membros do governo e do PT flagradas no dia do pleito, Jatene disse esperar do Ministério Público a mesma "eficiência e lisura" dispensadas a situações semelhantes registradas durante a campanha. "Não estou falando isso por causa do resultado final da eleição, mas pela necessidade de reafirmar e valorizar nossos valores democráticos. Toda vez que um processo eleitoral é conduzido assim, ganha a democracia", disse. "Nem o Pará nem o Brasil serão modernos enquanto não houver o total respeito ao voto", encerrou.
Simão Jatene vai exigir transparência durante transição
Em meio a uma grande festa no inicio da noite de ontem, em seu comitê central de campanha no bairro do Umarizal em Belém, o governador eleito Simão Jatene, da Coligação "Juntos com o Povo", creditou sua vitória a aliança popular. "Foi uma campanha com muitas vozes, mãos e corações, houve um desencanto com o governo atual e por isso vencemos", declarou durante entrevista coletiva. Ele disse que, assim como aconteceu há quatro anos, ele espera que a governadora Ana Júlia Carepa (PT) aceite a criação de uma comissão de transição, inclusive, com a participação de representantes do Ministério Público Estadual (MPE) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A ideia é fazer uma transição tranquila e transparente. Sobre a composição partidária, Jatene que irá conversar com todos os partidos que lhe deram apoio, mas não garantiu participação de nenhum deles em secretarias estaduais. "O que quero é garantir um gande pacto pelo Pará", afirmou. Ele preferiu não apontar nenhuma prioridade imediata, disse apenas que quer o estado funcionando.
Ao lado da esposa, Ana Jatene, do vice-governdor eleito, Helenilson Pontes (PPS), de deputados estaduais e federais eleitos por seu partido, o governador eleito Simão Jatene afirmou que o momento é de união em torno de um projeto que pretende resgatar a auto-estima da população e acabar com as desigualdades. "Para isso é preciso investir em educação, saúde e geração de emprego e renda", disse. "Governar não é tarefa fácil, nem para um governante e nem para um só partido", completou.
Sobre sua relação com a presidente eleita, Dilma Roussef (PT), ele desejou que ela faça um bom governo, porque foi eleita pelo desejo do povo brasileiro. "Espero que assim como eu, ela possa honrar o voto que recebeu, esse é o nosso compromisso e espero que ela tenha a mesma relação que terei com prefeitos de outros partidos", declarou.
Depois de agradecer ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador João Maroja, o governador eleito Simão Jatene foi para a Doca de Souza Franco, no bairro do Umarizal, onde foi recebido por milhares de eleitores. (No Amazônia)
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