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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

No Repórter 70 (O Liberal):

*** Em linha direta, a prefeita de Santarém, Maria do Carmo, diz que sempre defendeu o porto da Cargill e que foi ela e o deputado Paulo Rocha que conseguiram que voltasse a operar.
RIOS
Encantos
O nosso encontro das águas é menos precioso, é menos belo que o deles? O encontro das águas barrentas do Amazonas com as limpidamente azuis do Tapajós, em frente a Santarém, no oeste do Pará, é menos belo, menos encantador e menos impressionante que o encontro das águas dos rios Solimões e Negro, no Estado do Amazonas? Por que a comparação se faz pertinente? Porque encontro de rios, mais do que referência turística, pode muito bem virar uma preciosidade cultural.
Tombamento
Na semana passada, em decisão unânime de seus 22 membros, o Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no Rio de Janeiro, tombou o encontro das águas dos rios Solimões e Negro, no Estado do Amazonas. A proposta de tombamento foi baseada no caráter de excepcionalidade do fenômeno e em seu alto valor paisagístico. Alguém estará, ainda que imperceptivelmente, se movimentando por aqui para que o mesmo aconteça em relação ao encontro genuinamente paraense das águas do Amazonas e do Tapajós?
Poesia
Para convencer os membros do Iphan de que o alto valor da paisagem que se descortina em frente a Santarém também é digno de tombamento, basta levá-los até a Pérola do Tapajós. Aliás, o saudoso maestro Wilson Fonseca, o Isoca, referiu-se assim ao encontro das águas em "Terra Querida" (1961), uma das canções mais populares entre os mocorongos: "Vi em sonhos encantados/ Teus eternos namorados: Amazonas, Tapajós/ Paralelos no caminho/ Disputando o teu carinho/ Numa luta tão feroz".

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