Foi aberto ontem, em Belém, o VII Congresso Estadual de Jornalistas, que tem como tema "Comunicação Cidadã. Que Sociedade Queremos?". Durante a abertura, no início da noite, no Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, o novo presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Celso Schoröeder, disse que é preciso unir forças para enfrentar problemas como a tentativa de desregulamentação da profissão.
"A liberdade de expressão para informar deve ser exercida por quem tem a capacidade ética e profissional de exercê-la, que é diferente da liberdade de expressão de cada cidadão. E porque ninguém tem o direito de questionar as nossas atividades, esse é um momento que empresários, jornalistas, homens e mulheres preocupados com a democracia precisam compreender que a agressão aos jornalistas é uma violação de direito, porque o jornalismo como plataforma de negócios é um benefício para todos, mas a defesa do jornalista é uma defesa de cidadania, que precisa ser feita por toda a sociedade", declarou. Ele acredita que o jornalista é quem está mais preparado para defender a democracia e a pluralidade da sociedade.
Celso Schoröeder disse que os congressos estaduais e nacionais são os "motores" dos sindicatos e da Fenaj, porque são revitalizadores e neles são decididas as proposições para que sejam formuladas e instituídas as políticas para a profissão, além das estratégias de luta pela democracia no País.
O presidente da Fenaj lembrou que o VII Congresso Estadual de Jornalistas do Pará é o primeiro depois do congresso nacional realizado em Porto Alegre (RS) e com essa vanguarda vai afirmar a política da nova direção da Fenaj. Faz parte dessa política a retomada das discussões para unificar a luta pela obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão, juntamente com a regulamentação da profissão e a criação do Conselho Federal dos Jornalistas.
Schoröeder acredita que as discussões em Belém irão servir também para dar continuidade às propostas e posição da Fenaj sobre os dois principais eixos da comunicação brasileira, que tratam sobre a democratização das políticas de comunicação no País, que permite maior concorrência, mas também exigem melhores condições e relações de trabalho para os jornalistas.
Para Sheila Faro, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor), o tema do VII Congresso Estadual de Jornalistas enfatiza a defesa da profissão e da importância do jornalista para a sociedade. "A escolha do tema deve-se ao que o jornalista vive hoje como a não exigência do diploma, é a nossa luta pela regulamentação da profissão, mas principalmente sobre a função social que o jornalista exerce na sociedade, o nosso papel e a nossa missão, a ética, a responsabilidade. Será que é possível exigir ética de quem não tem diploma e como ele deve ser questionado ou como irá responder em caso de um crime como os que estão acontecendo nas novas mídias, como os blogs, por exemplo?", questionou. (No Amazônia)
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