De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), 33,3 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV em todo o mundo. Embora considerada como uma doença em declínio, o diagnóstico precoce continua sendo a arma mais potente contra a disseminação, o que é reforçado hoje, que marca o Dia Mundial de Combate à Aids. No Brasil, de 1980 a junho de 2009, 544.846 casos foram registrados, sendo que somente em 2008, surgiram 34.480 novos casos da doença, com 11.523 óbitos, como aponta o perfil epidemiológico, mostrado ontem pelo coordenador estadual de DST/Aids, Lourival Marsola, e pela coordenadora de epidemiologia, Francisca Cerejo, da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que notificou, em 2009, 518 casos.
Os dados da Sespa mostram que entre 1985 e 2009, o Pará, 14º no ranking nacional em incidência de Aids, concentrou 44% do total de casos registrados em toda a região Norte, sendo que foi em 2008 o ano em que a Aids atingiu seu maior crescimento, apontando a média de 17 casos confirmados para cada 100 mil habitantes.
Entre as cidades paraenses, Barcarena, Belém e Redenção são, respectivamente, as em que a incidência da doença, pelo perfil traçado pelo Ministério da Saúde, atinge mais heterossexuais do que homossexuais, sendo que fora observado, ainda, que a razão por sexo demonstra uma diminuição na taxa de infecção nas mulheres e um crescimento nos homens.
A taxa de incidência, segundo Lourival Marsola, é definida a partir de critérios específicos, como a quantidade de habitantes de cada cidade, o que significa, proporcionalmente, que outros municípios paraenses podem ter um maior número de casos, como Ananindeua, Marabá, Castanhal, Santarém e Parauapebas, que registraram os maiores números de pacientes infectados.
O mapa epidemiológico da Aids também mostra que de 2000 a 2009, 198 crianças foram contaminadas pelo HIV. Segundo a avaliação, para cada mil nascidos vivos, um era portador do vírus. A quantidade de grávidas paraenses - com idade entre 15 e 39 anos - que teve a doença entre este mesmo período chegou a 1.261.
Para Lourival Marsola, o diagnóstico precoce é a única forma de quebrar a cadeia de transmissão da Aids. E é exatamente isso que a Sespa vem tentando fazer, ao dispor dos testes às populações ribeirinhas, quilombolas e até mesmo sem-terra. "Os centros de testagem são um grande avanço. Até 2000, eram somente 13 centros. Hoje, já são 50, pois entendemos que o avanço no diagnóstico é essencial", destacou Marsola.
Praça - Hoje (01), Dia Mundial de Combate à Aids, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação de DST/Aids, estará, das 8h às 12h, na praça da República, no centro de Belém, para fazer testes em adolescentes e jovens, a partir dos 12 anos, já que a campanha estadual tem como meta atingir esse público. (No Amazônia)
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