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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Temendo calote empresários e estudantes cobram dívidas da Seduc

Temendo levar calote do governo estadual que chega ao fim, empresários que prestaram serviços à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e não receberam, aumentam a pressão em cima do órgão. Ontem, mais uma vez, dezenas deles ficaram de prontidão no primeiro piso da Seduc, na esperança de receber os valores devidos. Jovens de casas de estudantes de todo o Pará se uniram ao grupo. Há dois anos o governo não repassa a essas instituições os recursos garantidos por lei.

Entre os empresários, o humor já começa a se alterar. Muitos preferem não falar com a imprensa, mas os que aceitam expor os seus problemas não escondem a falta de paciência com as justificativas dadas pela secretaria para atrasar os pagamentos. "Eu estou aqui querendo uma coisa que é minha. Tenho funcionário, tenho imposto para pagar", explica Rubens Pacheco, dono de uma construtora.

No mês de maio, a empresa de Rubens terminou a reforma do colégio João XXIII, em Ananindeua. O serviço custou R$ 54 mil, segundo ele. Mas, até hoje, ele não recebeu nada pelo trabalho, afirma. Desde então, o empresário pressiona a Seduc para receber o dinheiro. Há três semanas vai quase diariamente ao órgão. Ele teme que o valor não seja pago até o fim do governo Ana Júlia Carepa, que se encerra no próximo sábado. "Alegam que não têm dinheiro. Todos os dias eles dão esperança para a gente e nada. Com a troca de governo vai ficar complicado, porque vão passar uma responsabilidade que não tem nada a ver com o outro gestor", destacou.

Revoltado, Marcelo Pierre Rimes Acácio foi mais longe. Saiu de Capanema, na última segunda-feira, com destino à Seduc, levando no carro uma faixa de um megafone. Ao chegar ao órgão, avisou: só sairia do prédio após receber o dinheiro que o governo lhe deve e, se não fosse atendido, denunciaria, através do megafone, a suposta corrupção no apagar das luzes do governo. Nem mesmo as ameaças de Acácio solucionaram o problema. Como havia anunciado assim que chegou a Belém, ele se recusou a sair da secretaria e dormiu dentro do carro parado no estacionamento do prédio da Seduc. Ainda assim, ontem, não recebeu nenhuma garantia de que teria o seu dinheiro.

Estudantes - Até mesmo os estudantes estão sendo vítimas de calote da Secretaria de Educação. Desde 2009, a Casa do Estudante Universitário do Pará e a Casa do Estudante de Abaetetuba não recebem nenhum centavo do governo, segundo denunciam os estudante. A primeira instituição, presidida por Marcos Caldas, tem direito a R$ 290 mil por ano, segundo contou. Ou seja, a dívida é de quase R$ 600 mil. "Ano passado, a gente não recebeu e esse ano está sendo enrolado. A resposta que a gente recebe é que a secretaria está sem recurso", diz Marcos. Presidente da Casa do Estudante de Abaetetuba - que deveria receber R$ 55 mil por ano, mas também não recebe desde 2009 -, Jefferson Jesus da Silva Nunes conta que vários fornecedores começam a bater na porta da instituição.

Resposta - Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que o pagamento referente ao aluguel do imóvel sede da URE de Abaetetuba já foi tramitado e está previsto para ser efetuado até o dia 30. Sobre as Casas de Estudante, a Seduc informou que já averiguou a situação e o processo de pagamento está sendo tramitado. Com relação à escola em regime de convênio João XXIII, o processo referente à escola está sendo averiguado. (No Amazônia)

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