O Sindicato dos Professores da Universidade do Estado do Pará (Sinduepa) acusa a reitora da instituição de ensino, Marília Brasil Xavier, de perseguição. No dia 31 de dezembro do ano passado, ela exonerou 52 professores temporários – sendo que 45 exonerações foram publicadas no Diário Oficial do dia 5 deste mês e o restante no dia 6 de janeiro. A procuradoria da universidade explica que a medida visa a substituição de temporários por concursados, conforme determina a legislação.
Mas o sindicado da categoria alega que, dos demitidos, 26 pertenciam ao Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE), com sete cursos e mais de cinco mil alunos. Além disso, é o mais interiorizado, estando em 13 dos 15 campi da capital e do interior. Segundo a coordenadora do Sinduepa, Elizabeth Lucena Rodrigues, o CCSE fez oposição à Marília quando ela foi "imposta", em 2008, pela então governadora Ana Júlia Carepa. "Na leitura que o Sinduepa faz, é uma demissão contra o governador Simão Jatene, porque esse Centro fez oposição à intervenção imposta pela Ana Júlia. A Uepa é uma autarquia e, portanto, não deveria ter sofrido intervenção", diz Elizabeth. A coordenadora do sindicado lembra que, durante a eleição para reitoria, em 2009, o CCSE lançou candidato próprio - Augusto Araújo de Carvalho -, que perdeu para Marília.
Elizabeth afirma que deveriam ser exoneradas primeiramente as pessoas com menos tempo de serviço. Porém, um dos demitidos no final de 2010, afirma Elizabeth, é o mais antigo temporário do CCSE, Simão Tadeu Ribeiro Bahia, com 16 anos de casa. Além disso, ela alega que não foram realizados certames para preenchimento das vagas que ficaram abertas. Hoje, às 15 horas, os professores se reúnem no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, onde vão tentar conversar com a reitora Marília Brasil. O principal objetivo do Sindicato é fazer com que os docentes exonerados voltem às suas atividades na universidade. No entanto, o procurador geral da Uepa, Wanderley Martins Ladislau, diz que isso não será possível. Ele alega que as exonerações são decorrentes do "rigoroso cumprimento da Lei". "O Estado tem um grupo de servidores chamados de temporários e isso tem sido objeto de questionamentos inclusive pelo Ministério Público. O que a reitora fez não tem nada de ilegal. Foram chamados, de julho a dezembro, 120 concursados. Ninguém pode acessar cargo público sem prestar concurso", enfatizou o procurador, negando que as exonerações tenham relação com questões eleitorais. "Só 24 pessoas são do Centro de Educação que, segundo ela (presidente do Sindicado), não apoiou a reitora. Em nenhum momento eu vi o governador (Simão Jatene) declarar que vai manter temporário. A denúncia não tem qualquer procedência", afirma. (No Amazônia)
É válido lembrar que esta "coordenadora" do SINDUEPA, assim como os outros 4 diretores, é temporária! Defendendo sua própria causa! Além do mais, eles se mantém ilegitimamente há 5 anos na direção do Sindicato sem fazer eleição! Não tem a menor credibilidade. Convido qualquer um a ir a uma assembléia!
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