Não haverá aumento da passagem de ônibus em Belém enquanto não houver audiência pública para discutir assuntos referentes ao transporte na capital. O compromisso foi assumido ontem de manhã pelo diretor de Transporte da Companhia de Transportes de Belém (Ctbel), Paulo Serra, durante reunião de duas horas com lideranças estudantis e sindicais, no Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura, após uma passeata de estudantes que tumultuou o trânsito ao longo da avenida Presidente Vargas e transversais. A audiência pública ficou marcada para 29 de abril de 2011, às 9h, "em local a ser definido e informado" e Paulo Serra disse que o reajuste só será concedido após estudo sobre as condições da frota, quantidade de passageiros transportada, cumprimento das ordens de serviço e avaliação do Conselho Municipal de Transportes.
A passeata dos estudantes pelas ruas do centro aconteceu após a tentativa frustrada de uma audiência pública no Cine Olympia para discutir o reajuste da passagem de ônibus em Belém. Segundo lideranças estudantis, o debate estava marcado para as 9h, com representantes das instituições de ensino, da Prefeitura, de usuários de transporte e empresários, agendado desde 3 de janeiro, após ato público contra a proposta dos empresários de aumento da passagem de ônibus de R$ 1,85 para R$ 2,15.
A Ctbel informou que o agendamento do espaço cultural não havia sido confirmado e nos próximos três meses não há perspectivas de reajuste do valor da passagem de ônibus. Liderança do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade da Amazônia (Unama), Samantha Caldas reiterou que havia um compromisso da Prefeitura de ceder o Cine Olympia para o debate. "Quando chegamos aqui (cinema), estão realizando um outro evento. Entendemos que essa é uma forma da Prefeitura de Belém boicotar o nosso debate, já que foi fechado em audiência essa data, assim como o encaminhamento da planilha de custo para nós, o que até hoje não aconteceu", disse a estudante.
Defendendo o bilhete livre para estudantes, os manifestantes saíram em passeata pela Presidente Vargas no sentido contrário ao tráfego, entraram pela Riachuelo até a sede da Prefeitura, deixando o tráfego confuso na avenida e nas ruas paralelas.
Integrante do Conselho Municipal de Transportes e coordenador geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Cedício de Vasconcelos disse que as lideranças contrárias ao reajuste avaliarão a planilha do último aumento concedido, de R$ 1,70 para R$ 1,85, uma vez que a Ctbel não enviou aos conselheiros a planilha com a proposta de reajuste feita pelos empresários. (No Amazônia)
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