Aposentados e pensionistas do Banco da Amazônia protestaram ontem de manhã contra a administração da Caixa de Previdência Complementar do Banco da Amazonia (Capaf) em frente à agência localizada na avenida Presidente Vargas. Segundo os manifestantes, a Capaf garante não ter dinheiro para pagar a aposentadoria complementar deste mês. O dinheiro foi recolhido mensalmente durante os anos de trabalho dos aposentados e depositado na Caixa de Previdência. Já a Secretaria Executiva do Banco da Amazônia justifica que o montante recolhido acabou porque foi devolvido aos aposentados, e é por isso o banco criou um novo plano financeiro para pagar o benefício, que no entanto precisa da adesão de 95% dos inativos e ativos para entrar em vigor.
Segundo o presidente da Associação dos Empregados Aposentados e Pensionistas do Banco da Amazônia (Abba), Agildo Monteiro Cavalcante, que organizou o ato de ontem, já que a Capaf diz estar sem dinheiro para pagar o benefício, o Basa passa a ser o responsável pelo pagamento da aposentadoria complementar. Cavalcante ressalta que o repasse do dinheiro no próximo dia 23 continua incerto.
Décimo - A falta de dinheiro também prejudicou a antecipação da primeira parcela do 13º deste ano, paga geralmente em fevereiro. O secretário executivo do Basa, Alcir Erse, confirmou que o fundo da Capaf que atende aos servidores aposentados até 2000 acabou e que não há previsão para o pagamento da primeira parcela do 13º. Segundo Erse, a verba acabou porque foi destinada ao pagamento da aposentadoria complementar. Ele explica que a quantidade de inativos é superior a de ativos que contribuem para o fundo previdenciário.
De acordo com o Erse, a alternativa para resolver o problema é a aprovação do novo Plano de Contribuição Definida. Se aderido por 95% de servidores ativos e inativos, serão disponibilizados R$ 860 milhões para o pagamento do benefício. "O que existe é uma proposta do patrocinador com autorização do Ministério da Fazenda, Tesouro Nacional e Secretaria de Previdência", diz. Ele informou que o plano prevê aumento dos benefícios pagos aos aposentados e pensionistas. Segundo o secretário, o problema do pagamento dos benefícios afeta os servidores aposentados até 2000. Os inativos desde 2001 recebem os benefícios normalmente.
O presidente do Caixa de Previdência Complementar do Banco da Amazônia (Capaf), José Sales, confirma que o dinheiro acabou e o Plano BD, pago a 1.341 aposentados e 459 pensionistas, será extinto. A alternativa, aponta Sales, é que os beneficiários voltem a contribuir com 27% do valor recebido. O banco, por sua vez, investiria 70% da soma total dos gastos para garantir o pagamento dos dependentes. O reembolso da contribuição da pessoa física ocorreria a cada mês. "A Capaf não tem mais condição para funcionar da maneira como operava. (No Amazônia Jornal)
1800 famílias estão condenadas a ficar sem o retorno do que pensavam ter direito. Vale lembrar que o próprio banco permitiu beneficiários com direitos diferentes. Muitos continuam contribuindo com 12% ou menos sobre os proventos, outros com 24% a 35%; alguns já não contribuem com nada. A CAPAF tornou-se um fundo desigual e por essa razão dificilmente obterá um um percentual de 95% de adesões.
ResponderExcluirA CAPAF Nào pode responsabilizar os aposentados e pensionistas pela sua má gestão ao longo dos anos. Os aposentados são vítimas do descumprimento de cláusulas da Portaria 375. Se a Capaf não dispõe mais de recursos para cumprir suas obrigações, cobre do BASA o que é devido, cerca de 1 bilhão. Toda Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo da Capaf foram indicados pelo BASA. Portanto, o Basa que assuma seus erros e pague o que deve.
ResponderExcluirOs aposentados e pensionistas que ganharam ações na Justiça contra a combalida Capaf, não assinarão o novo plano, e os que estão na expectativa de ganhar, também não assinarão este plano macabro. Por isso, dificimente a Capaf não será extinta. Assim, o Basa que se prepare para o embate figadal que se vislumbra depois de 23.03.2011 com os aposentados. O pipocar de ações trabalhistas provocará tssunami parecida com a que devastou a costa leste do Japão, respeitadas as devidas proporções, nas contas do BASA. Caso este não se sustente, caberá ao governo a função de escora, como pai que é da instituição.
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