O Hospital Universitário João de Barros Barreto inaugurou, ontem, a Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM), a primeira especializada no tratamento da doença no Estado. Com capacidade para atender até 180 pacientes ao mês, a UDM passa a ser o centro de referência no Pará no diagnóstico e tratamento da meningite - a infecção da membrana que envolve o cérebro, que em casos mais graves pode levar o doente à morte. Em 2010, 145 pacientes diagnosticados com meningite no Pará morreram. Foram notificados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública, no mesmo ano, 1.515 casos da doença.
O governador Simão Jatene e o secretário de saúde, Helio Franco, visitaram as instalações da nova unidade, ontem pela manhã, ao lado do reitor da Universidade Federal do Pará, Carlos Maneschy, do vereador Fernando Dourado (DEM), do vice-governador do Estado, Helenilson Pontes, e dos diretores do hospital. A nova unidade, que teve custo de implantação de R$ 1.469.014,90, será mantida por uma equipe de 136 funcionários, entre médicos, enfermeiros e técnicos. O custo operacional mensal da unidade será de R$ 602 mil, sendo R$ 402 mil com pagamento de pessoal e R$ 177 mil com materiais, serviços e equipamentos. A UDM está equipada com quatro leitos de isolamento, onde pacientes com meningite na fase de alta transmissibilidade poderão receber atendimento. Outros quatro leitos formam a enfermaria para observação e estabilização de pacientes.
Benedito Hélio, diretor da Unidade de Diagnóstico de Meningite, afirma que o número de leitos é compatível com a demanda de diagnósticos. - "É importante que se entenda que esses leitos receberão os pacientes na fase inicial do tratamento, para a estabilização do quadro de saúde. "O diagnóstico, se precoce, reduz o risco de sequelas neurológicas e reduz o risco de óbito, que é o que nós temos como meta", disse o médico. Os pacientes que serão atendidos na UDM, indica Benedito Hélio, devem ser encaminhados ao hospital pelo Sistema Único de Saúde.
Até ontem, o atendimento aos pacientes com suspeita de meningite era feito na Unidade de Saúde da Pedreira, onde era feita a coleta do líquido céfalo-raquidiano para o diagnóstico da meningite. A nova unidade, no Barros Barreto, foi equipada com uma sala de coleta. O diretor do Barros Barreto, Eduardo Leitão, afirmou que a unidade de diagnóstico poderá reduzir a sobrecarga de atendimento na UTI do Barros Barreto, no momento em que passar a concentrar o primeiro atendimento aos pacientes diagnosticados com a meningite. Atualmente, seis pacientes diagnosticados com a doença recebem atendimento no hospital.
O reitor da UFPA falou dos avanços para a instalação da Unidade de Alta Complexidade de Tratamento de Oncologia (Unacon) no Barros Barreto, para a qual, esta semana, foram nomeados 77 servidores. A inauguração do novo espaço, que descentralizará o tratamento de média e alta complexidade oncológico, hoje, concentrado no Hospital Ophir Loyola, está programada para o início de junho. (No Amazônia)
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