O problema atinge os homens numa proporção maior: na população masculina, o porcentual de sobrepeso é de 52,1%, ante 44,3% entre as mulheres. A capital com maior percentual de moradores com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 25, o nível máximo adequado, é Rio Branco (AC): lá, a taxa é de 55,2%. O menor nível é o de Palmas (TO): 36,6%.
A parcela de adultos considerados obesos passou de 13,9% em 2009 para 15% em 2010. Em 2006, esse porcentual era de 11,4%. Se a média de crescimento for mantida, em 13 anos o Brasil terá um índice de obesidade semelhante ao dos Estados Unidos, onde o problema é tratado como uma epidemia.
A pesquisa constatou também os fatores que influenciam o aumento da obesidade: 28% da população gastam mais de três horas diárias diante da televisão, enquanto apenas 14,9% praticam atividades físicas regularmente.
A má alimentação é outra razão apontada para o aumento da obesidade. Apenas 18,2% da população adulta consomem a quantidade adequada de frutas e hortaliças, de acordo com o Ministério da Saúde. E 28% bebem refrigerantes ao menos cinco dias na semana.
O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa diz que o aumento da renda da população exige que o governo aumente a difusão de informações sobre hábitos saudáveis: “A melhoria dos padrões sociais do Brasil tem propiciado um maior acesso aos bens de consumo. Uma maior instrução pode fazer com que as pessoas, ao invés de adquirir produtos que não têm valor nutricional, consumam mais frutas e verduras”.
Fumo - A pesquisa, que ouviu mais de 54.000 pessoas em 2010, confirmou ainda a tendência de queda lenta no porcentual de fumantes no país. Hoje, 15,1% da população são dependentes do cigarro. Em 2006, esse índice era de 16,2%. “Essa redução é mais lenta entre os menos instruídos. Isso, junto com outros fatores de risco, explica por que a carga das doenças não-transmissíveis se reduz menos ou cresce entre as pessoas mais pobres”, avalia Jarbas Barbosa.
Outro dado que resultou da pesquisa aponta que o consumo de bebidas alcoólicas de forma excessiva atinge 18% da população, contra 16,2%, em 2006. O aumento ocorreu de forma mais expressiva entre as mulheres.
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