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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Médicos pararam pedindo reajuste do valor das consultas

Médicos que atendem planos particulares de saúde suspenderam consultas e procedimentos eletivos ontem para denunciar interferência abusiva no diagnóstico médico e na prescrição, bem como o valor pago por consulta e procedimento médico, avaliado como baixo. A categoria também cobrou à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regulação efetiva da relação entre operadoras e médicos.

Em Belém, os médicos se reuniram na entrada do Conselho Regional de Medicina em torno de um caixão, que representava a saúde do brasileiro, velado em protesto contra o descaso com o setor. A causa mortis da saúde pública e suplementar foi "a falência múltipla dos órgãos", dizia uma faixa.

O Conselho Regional de Medicina informa que no Pará 6 mil médicos estão credenciados por planos de saúde, 4,2 mil deles em Belém. Três mil aderiram ao protesto, segundo os médicos. O atendimento de urgência foi mantido e só foram adiados procedimentos médicos e cirúrgicos que não representariam prejuízos aos pacientes. Consultas e procedimentos eletivos foram remarcados. "Esta paralisação é um alerta para chamar a atenção da sociedade para essa relação insustentável que existe entre a categoria e os planos de saúde, que vem causando o descredenciamento de muitos profissionais destes planos", afirma o médico João Gouveia, diretor do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa).

Segundo ele, os reajustes concedidos às operadoras destoam do percentuais que corrigem as consultas médicas. "A ANS autorizou reajustes acumulados de 140%, enquanto o reajuste no valor da consulta médica não chegou a 60%", disse o médico.

Em assembleia, os médicos do Pará estipularam em R$ 80 o valor a ser negociado com as operadoras, o equivalente a 100% em relação aos valores médios atuais, entre R$ 35 e R$ 45.

Interferência - A médica Fátima Couceiro, presidente do Conselho Regional de Medicina do Pará, afirma que o mais grave é a interferência das operadoras no diagnóstico e na prescrição de tratamentos, considerada desrespeitosa, o que caracteriza cerceamento da atividade profissional.

"Existe uma pressão ilegal, imoral e antiética para que os médicos não receitem tratamentos caros, barateiem o tratamento e para que ele dê alta para o paciente antes do prazo adequado. Isso significa a perda da autonomia do médico no tratamento do paciente, o que é um prejuízo para a saúde", diz João Gouveia.

Dados divulgados pelo sindicato indicam que 92% dos médicos brasileiros que atendem planos ou seguros de saúde afirmam ter sofrido pressão ou interferência das operadoras. Hoje, as consultas médicas ocorrerão normalmente. A manifestação foi organizada nacionalmente pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelo Conselho Federal de Medicina -CFM. (No Amazônia Jornal)

Um comentário:

  1. Quero deixar aqui meu elogio a este blog do ex-colega de trabalho Ercio, onde acompanho as notícias, principalmente de Santarém e com relação a CAPAF, que com suas atitudes está trazendo terror às família, principalmente as que depedem somente desse benefício.Desejo que o Banco da Amazônia, o principal culpado dessa situação, resolva logo, pois, senão teremos muitos problemas: suicídio, perda da razão...
    Mensagem para o Ercio: quando vc esteve em Santarém prometi enviar mandar materias das paissagens de nossa terra querida. No momento estou em Brasília, porén, logo voltar envio. Já estou aguardando notícias sobre a CAPAF,com relação ao pagamento deste mês. Grande abraço.
    Ludovico

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