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sábado, 30 de abril de 2011

No Pará, interior puxa crescimento

Pará tem hoje 7.581.051 habitantes, quase 1,4 milhão a mais do que em 2000. Em dez anos, o Estado cresceu a uma taxa média de 2,04% ao ano, o sexto maior índice do País. Em números absolutos, foi a quarta unidade federativa com a maior participação absoluta no crescimento populacional do País na década passada, superando Bahia e Paraná, que apareciam a sua frente no Censo anterior. O incremento populacional do Estado foi de 6,6%, atrás apenas de São Paulo (20,2% ou 4,2 milhões de pessoas), Minas Gerais (8,1%, ou 1,7 milhão) e Rio de Janeiro (7,6%, ou 1,6 milhão). Em todo o País o avanço da população foi de 21 milhões, alcançando a marca de 190.755.799 brasileiros. É o que constata a Sinopse do Censo Demográfico 2010, divulgado ontem, que contém os primeiros resultados definitivos do XII Recenseamento Geral do Brasil. Foram recenseados 67.569.688 domicílios em todo o País, sendo 2.176.657 no Pará.

Belém aparece como o 11º município mais populoso do País, com 1.393.399 habitantes. O avanço anual do número de pessoas da capital paraense foi um dos mais baixos, somente 0,85%. Em Manaus, por exemplo, a marca foi de 2,51% ao ano, passando de nono para o sétimo mais populoso do País. Segundo o resumo, o crescimento populacional do Pará se deve ao avanço das cidades do interior. Os demais municípios paraenses cresceram uma taxa média de 2,34% a cada ano. Apenas Amapá (3,43%), Roraima (2,98%) e Acre (2,75%), indicaram percentagens superiores. O Estado aparece no topo da disparidade entre o crescimento no número de residentes dos demais municípios com o da capital. A diferença é quase três vezes superior. Por outro lado, Tocantins indicou a maior taxa inversa: Palmas - a capital que mais cresceu no Brasil - apresentou uma taxa de 5,21%, enquanto os demais municípios do Estado cresceram 1,25% ao ano.

A população paraense está dividida hoje em cerca de 18% da população na capital e 82% no restante do Estado (6.187.652 habitantes). Destes, 5.191.559 (68,5%) residem em áreas urbanizadas. Os 2.389.492 restantes vivem na área rural, correspondente a quarta maior concentração entre todas as unidades federativas. Em relação aos números proporcionais de pessoas que vivem em áreas urbanas, o Estado é terceiro pior do País, atrás de Maranhão (63%) e Piauí (65,8%). No geral, a média de habitantes por domicílios no Estado é uma das mais baixas do País: 4,1. Nas áreas urbanas essa estatística é ainda menor, 3,9 pessoas por residência.

Depois de Belém, Ananindeua continua como o município segundo mais populoso do Pará. O Censo 2010 identificou 471.980 residentes no município.

Os homens ainda são maioria no Estado, mas por uma diferença muito pequena. São 3.821.837 homens e 3.759.214 mulheres. No entanto, elas estão em maior número nas cidades. São 2.653.769 residentes femininas nas áreas urbanas do Estado contra 2.537.790 do sexo masculino. Apesar do contínuo envelhecimento observado nas duas últimas décadas, o Pará ainda apresenta uma estrutura bastante jovem, devido aos altos níveis de fecundidade no passado. Em 1980, a fecundidade ainda se encontrava em patamares elevados, acima de 6 filhos por mulher. Através da pirâmide etária construída a partir dos resultados do Censo 2010, pode-se identificar uma inflexão nos grupos de idade de pessoas abaixo de 30 anos, provenientes das sucessivas quedas da fecundidade a partir da década de 1980.

Na contramão, na última década, a população brasileira ficou com um homem a menos para cada grupo de 100 mulheres. É o que mostra o Censo de 2010, divulgado ontem. De acordo com o levantamento, o país passou a ter 96 homens para 100 mulheres. Em 2000, eram 97 homens para 100 mulheres - pelo dado estatístico, chamado "razão de sexo", eram 96,9.

A população de crianças menores de 5 anos no Estado, que era de cerca de 12% em 2000, agora está em 9,7%. Já a proporção de idosos na população passou de 3,6% em 2000, para 4,7% em 2010. Os homens são maioria quando nascem no Pará. Segundo o Censo, nos últimos dez anos, para cada cem nascimentos, 51 são meninos. Mas quando os paraenses do sexo masculino atingem 25 anos, a proporção de homens e mulheres se inverte. Isso porque eles estão mais expostos à violência e morrem mais jovens. A comprovação de que as mulheres vivem mais é a disparidade da população acima dos 75 anos. Elas são 71.529 (55%) e eles são 59.440 (45%).


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