O ÊXTASE E O PERIGO
José Wilson Malheiros
Aprecio, extasiado, algumas fotos de Alter do Chão, que um amigo meu me remete, via e mail.
E me vem às lembranças um trecho da famosa canção de meu pai: “... recordar é sofrer mais”...
Alter do Chão bucólica, Alter nativa, alternativa (até quando?) de reVer a Paz?
Mas o meu deslumbramento logo se esvai quando recordo uma notícia que nem mereceu tanto destaque assim nas plagas tapajônicas e que ainda tem uma rigorosa atualidade.
Há muito tempo que o capital transnacional vem tentando ocupar a Amazônia, isto não é novidade.
Antes era a construção dos “grandes lagos” (os mais antigos lembram bem disso). Agora, Sob o pretexto de coibir o desmatamento ou remediar o aquecimento global, lembro que o Príncipe Charles (o mesmo que achou Alter do Chão a praia mais bonita do mundo...) chegou a propor que os países “desenvolvidos” assumam a conservação das florestas tropicais brasileiras, emitindo títulos a serem comprados por investidores privados, fundos de pensão e seguradoras. Os proprietários dos tais títulos garantiriam recursos e impediriam que as matas fossem aproveitadas para cultivo pela população brasileira. Com essa proposta, os “nativos” da região ficariam, talvez, limitados a uma economia extrativista, algo assim, como aconteceu com as sagas da borracha e da juta e a soberania nacional sobre a Amazõnia iria à falência.
Lembro-me, agora do famoso personagem que o Jô Soares fazia em seus programas de humor, o Gardelon, que fazia propostas indecentes às pessoas e depois repetia o chavão: estou te propondo isto, pois sou teu amigo.... “mui amigo!”
De qualquer maneira é urgente que os políticos da região ou os políticos patriotas comecem ou continuem a tomar providências, já que, como diziam nossas avós, “tem gente de olho gordo” em cima de nós.
Belíssima advertência. Não é de hoje a cobiça internacional sobre a nossa Amazõnia.
ResponderExcluirPaula
Cuidado! o homem chegou, elogiou Alter do Chão e depois quer entregar tudo para os estrangeiros?
ResponderExcluirO que é que é isso? Valeu a denúncia.
Veja esta foto e pare de dizer besteiras desconexas:
ResponderExcluirhttp://www.jesocarneiro.com.br/turismo/olhar-do-leitor-97.html
Mané Xavante.
Que será da Amazônia, se pensarmos, também na destruição? O cronista parece sintonizado com a campanha da Igreja. Devemos agir para que os estrangeiros não nos ensinam a cuidar do que é, até agora, nosso. Parabéns ao cronista.
ResponderExcluirSe continuarem a dilapidar a Amazônia é natural que os estrangeiros continuem a ter cobiça. Vá fundo, Dr. Wilson.Gostei!
ResponderExcluirWankes Jr. (Monte Alegre/Belém)
De fato, a imprensa noticiou este fato estarrecedor que passou quase despercebido aí no Pará, não fosse a voz do cronista.
ResponderExcluirCuidado...
Paulo Maurício, nascido no Pará, mora no Rio de janeiro
Zé Wilson, eu já sabia e eu pensei que essa notíciam internacional tinha comovido o pessoal de Santarém, afinal de contas não podemos ser explorados por gringos. Tens que sensibilizar o pessoal.
ResponderExcluirPedro Maia, santareno, Fortaleza Ceará.
PARABÉNS DR. WILSON, O SENHOR É NOTA 10 COM OS SEUS COMENTÁRIOS.
ResponderExcluirLAYLA DE BELÉM DO PARÁ.