Portugal atravessa uma crise política desde o dia 23 de março, quando o Parlamento rejeitou medidas de corte de gastos públicos defendidas pelo governo. Toda a oposição se uniu pela rejeição do pacote, inclusive representantes da extrema esquerda e da direita. - "Tomei a decisão (de convocar eleições) tendo em conta a degradação da situação política nacional e a dificuldade do governo minoritário em aprovar as medidas necessárias para fazer frente aos problemas que o país enfrenta", disse Cavaco Silva. - "É evidente a falta de confiança recíproca entre os partidos", afirmou.
Após a rejeição dos cortes propostos pelo governo, o primeiro-ministro, José Sócrates, afirmou que não teria condições de governar e apresentou sua demissão, prometendo concorrer a novo mandato.
As medidas rejeitadas pelo Parlamento incluíam a redução das aposentadorias em até 10%, a diminuição dos repasses aos municípios e cortes no subsídio do Estado aos medicamentos do sistema de Saúde pública. As medidas eram uma forma de evitar o aumento do deficit público. (No estadão.com)
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