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terça-feira, 24 de maio de 2011

Caso Alepa: Investigados se calam

O ex-diretor financeiro da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), Sérgio Duboc, e Rosana Barleta de Castro, que assumia a função de chefe do controle interno da Casa, permaneceram calados diante de um dos promotores que apuram o escândalo no Poder Legislativo, Arnaldo Azevedo. Sob a orientação dos seus advogados, os dois investigados fizeram uso do direito de falar apenas em juízo e não responderam as perguntas feitas por Azevedo durante os depoimentos realizados na manhã de ontem.

Duboc foi o primeiro a chegar, às 9 horas, e saiu sem falar com a imprensa. Rosana, que depôs logo em seguida, também conseguiu evitar os jornalistas. "Nessa fase, se quiserem prestar esclarecimentos, tudo bem, se não quiserem, não vai alterar em nada as investigações. Não vejo nenhum prejuízo sobre o que está sendo apurado, a não ser para os próprios investigados", afirmou o promotor.

Segundo Azevedo, o depoimento mais aguardado pelo Ministério Público (MP) é do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Domingos Juvenil (PMDB), marcado para as 9 horas da próxima segunda-feira, dia 30. "Ele certamente vai ter alguns esclarecimentos a nos dar", disse. O promotor avalia ser pouco provável que um presidente não tenha conhecimento de fraudes que estejam acontecendo na Casa que ele administra. "Eu não vou dizer que isso seria impossível. Mas ele (Juvenil) era o gestor da Assembleia e responsável por ela. Então, qualquer despesa efetuada pela Casa ele teria obrigação ou dever de saber o que ele estaria pagando ou para onde o dinheiro público estaria indo", disse Azevedo.

Hoje, quem comparece ao MP é Milene Rodrigues, às 9 horas, e Edmilson Campos, às 15 horas. Milene aparece nas investigações como uma das beneficiadas pelo esquema, ao cadastrar os funcionários fantasmas que apareceram na folha de pagamento da Alepa, enquanto Edmilson é ex-chefe do Gabinete Civil e sobrinho de Juvenil. Os advogados de Robson do Nascimento, o Robgol, e de Maria Genuína Oliveira, solicitaram que os depoimentos de seus clientes, marcados para amanhã, fossem transferidos para próxima terça-feira, dia 31. O MP avalia o pedido. Elzilene Lima e Daura Hage irão depor na próxima quinta-feira, dia 26, às 9 horas e 15 horas, respectivamente. Semel Charone Palmeira será ouvida às 15 horas desta sexta-feira, dia 27.

Promotor afirma que gostaria de ouvir explicações de Duboc

Apesar de afirmar que o silêncio de Sérgio Duboc não irá atrapalhar as investigações, o promotor Arnaldo Azevedo admitiu que gostaria de ouvir o esclarecimento do ex-diretor financeiro da Casa sobre algumas questões como, por exemplo, o que processos da Assembleia faziam em seu gabinete no Detran, onde exerceu, por pouco tempo, o cargo de diretor. "Os processos ficam restrito a cartas-convites de licitação da Assembleia Legislativa do Estado e as empresas pertenciam ao ex-marido da Daura Hage e outros parentes também", explica.

A empresa do marido de Daura Hage, segundo as apurações do Ministério Público, mudava o ramo de atuação de acordo com o procedimento licitatório que estava sendo efetivado pela Alepa. "Isso é algo interessante. Geralmente uma empresa que é criada para trabalhar em um ramo, permanece nesse ramo", observou o promotor. Azevedo afirmou que, caso o marido de Daura tenha sido beneficiado nas licitações, Duboc tinha conhecimento do fato.

"Pelo que se tem apurado, certamente que sim, até porque esses processos estavam em poder dele. Por que motivo ele teria levado esses processos?", questionou. Ainda de acordo com o promotor, esse é um dos indícios de que Duboc participou do esquema de fraude. "Nos mostra a intenção dele de, no mínimo, querer manter isso escondido", destacou.

Contra Rosana Barleta de Castro pesa o fato de ter sido chefe do controle interno da Casa na época dos fatos. "Então, todos os procedimentos que estão sendo apurados, seja a questão da folha de pagamento ou da carta-convite, deveriam ter passado pelo controle interno e era justamente isso que nós gostaríamos que ela tivesse respondido", disse Arnaldo Azevedo. Sobre a suposta participação de deputados no esquema, o promotor declarou que, por enquanto, o MP só identificou o envolvimento de ex-deputados. (No Amazônia)

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