De acordo com John Brennan, um dos principais conselheiros de segurança antiterror do presidente, Obama "assistiu ao progresso da operação em tempo real, do início ao recolhimento dos restos". "Conseguimos ter atualizações regulares para assegurar que víamos tudo como estava acontecendo", disse Brennan.
A Casa Branca e a CIA (Agência Central de Inteligência, responsável pela operação) não tiveram acesso ao áudio do que ocorria, mas foi possível acompanhar as imagens da ação em Abbottabad, no norte do Paquistão, de acordo com oficiais americanos. Mais detalhes não foram fornecidos pelas autoridades.
Segundo Brennan, a CIA estava confiante de o líder da Al-Qaeda estava em Abbottabad. Ele ainda descreveu o momento em que Obama e sua equipe assistiam à operação. "Provavelmente foi um dos períodos de maior ansiedade nas vidas das pessoas que estavam ali. Os minutos passaram como dias, e o presidente estava muito preocupado com a segurança do nosso pessoal", relatou Brennan.
Bin Laden era o homem mais procurado pelo governo americano, que oferecia uma recompensa de US$ 25 milhões por sua captura. Ele é considerado um dos responsáveis pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 contra o World Trade Center, que mataram mais de 3 mil pessoas. A morte do saudita foi anunciada por Barack Obama no fim da noite do domingo (horário dos EUA).
O preço do terror - A guerra ao terror custa uma fortuna: nos últimos dez anos, o governo americano investiu cerca de US$ 1,2 trilhão. Essa cifra total, de acordo com um pesquisador da Universidade da Defesa, em Washington, é apenas estimada - quase todos os gastos são secretos e estão preservados sob o selo listrado que protege os processos sigilosos.
A agência governamental GAO (Government Accountability Office, ou Escritório Geral de Contabilidade), a auditoria da contabilidade da administração, admite gastos na faixa dos US$ 335 bilhões só na reorganização da comunidade das agências de inteligência - são 13, como divulga a mais conhecida delas, a CIA, ou 19, o número citado no relatório do Conselho Nacional de Inteligência.
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