Na capela do Colégio Santo Inácio, em Botafogo, o governador Sérgio Cabral, sua mulher, Adriana Ancelmo, e o filho dele, Marco Antônio, assistiram à missa em memória da namorada do rapaz, Mariana Noleto. Cerca de 200 pessoas foram à cerimônia.
Cabral e o filho viajariam no mesmo helicóptero, que os levaria do aeroporto de Porto Seguro ao resort do empresário Marcelo Mattoso Almeida, em Trancoso, mas a aeronave caiu no mar, na primeira viagem, matando Marcello, que a pilotava, Fernanda e o filho Gabriel, Mariana, a irmã de Fernanda, Jordana Kfuri, seu filho Luca e a babá Norma Batista de Assunção.
No final da missa em Ipanema, celebrada pelo padre Jorjão, Bruno cantou trechos de ‘Vento ventania’. “Era a música que ele mais gostava e sabia de cor”, justificou. Há 2 semanas ele esteve na mesma igreja e a apresentou ao menino como a “casa do papai do céu”. O empreiteiro Fernando Cavendish, marido de Jordana e amigo do governador, também assistiu à missa.
A PARTIDA
A morte de um filho
é uma gravidez às avessas:
volta pra dentro da gente
para uma gestação eterna
Aninha-se aos poucos
buscando um espaço;
por isso dói o corpo;
por isso, o cansaço
E como numa gestação
ao contrário, a dor do parto
é a da partida, de volta
ao corpo pra acolhida;
reviravolta na sua vida.
E já começa te chutando,
tirando o sono,
mexendo os órgãos,
lembrando ao dono
que está presente, te
bagunçando o pensamento,
te vazando de lágrimas e
disparando o coração
A morte de um filho é essa gravidez ao contrário,
mas com o tempo,
vai desinchando
até se transformar
numa semente de amor
e que nunca mais
sairá de dentro de ti
Nenhum comentário:
Postar um comentário