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sábado, 4 de junho de 2011

"Plano Brasil Sem Miséria": Truques diferentes dos usados no governo Lula

Quem conta é Giba Um:
O governo federal não tem um centavo para aplicar, neste ano, no recém-lançado Plano Brasil Sem Miséria, nem para tirar, como primeiro foco, 80 mil miseráveis das ruas, pequena parte dos 16,5 milhões brasileiros que integram esse contingente. Os R$ 20 bilhões por ano de custo estimado, por enquanto, ficam no papel. Só que bate o bumbo com uma campanha publicitária de R$ 13 milhões, com direito a página dupla nos jornais, protagonizada inicialmente por uma família negra (para muitos, o avesso do avesso da discriminação), onde não garante nada, a não ser montar “o mais completo mapa da pobreza no Brasil”. Brasil Sem Miséria foi criado em laboratório por João Santana como Duda Mendonça criou o Fome Zero (naufragado e salvo pelo Bolsa-Família). Nos anúncios, no rodapé, a convocação Acesse o site. Para os 16,5 milhões de miseráveis brasileiros não vai dar para acessar.
O marqueteiro-mór do governo, João Santana, que criou o discutido slogan País Rico é País sem Pobreza, que não diz nada a não ser uma constatação não vigente no Brasil, também decidiu usar a expressão plano no Brasil sem Miséria e não programa, como nos tempos de Lula. Quer criar uma diferenciação dos truques usados no governo anterior e popularizados especialmente por dois PAcs, os Programas de Aceleração do Crescimento.
E mais...
Saúde na justiça
Em 2009, a máquina judiciária brasileira contabilizava 86,6 milhões de processos em tramitação para serem julgados por 16 mil juizes espalhados por todo o país. De lá para cá, esse volume só aumentou, atingindo, inclusive, o Supremo Tribunal Federal, atualmente às voltas com 90 mil processos em tramitação lenta. Na área da Saúde, circulam nos tribunais e varas judiciais brasileiras, hoje, 241 mil demandas. A média que cada um desses processos demora para obter uma sentença de segunda instância é de seis anos.
Com e-mail
Na semana passada, o pessoal cuida da portaria da Assembléia Legislativa do Paraná acabou sendo surpreendido pelos sem-terra que foram a Curitiba fazer reivindicações junto ao governo Beto Richa e depois foram participar de uma sessão com deputados do PT. Ao passar pela identificação de praxe na portaria (perguntam nome, número de identidade e outros dados), a quase totalidade dos integrantes do MST que estavam por lá, revelou ter e-mail. Sem-terra cibernético é outra coisa.

Fascinators à brasileira
No casamento do príncipe William com Kate Middleton, chamaram a atenção os fascinators, enfeites para cabelos das mulheres. Agora, na Fashion Rio, repleta de exageros, os fascinators à brasileira provocaram mais constrangimentos do que gargalhadas. Um deles exibia um arranjo de cabeça feito com papel higiênico e tiras de jornal; outro, uma espécie de alface de plástico que esticava com uma membrana sobre um dos olhos da modelo e um terceiro, que parecia ser um penico achatado, com direito até a uma alça. Exageros também alcançaram brincos: um par deles exibia duas colossais bolas (tipo pompom) presas às orelhas por um fio (e ficavam balançando).

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