O Movimento Popular Unificado de Belém quer que o Ministério Público do Estado investigue possíveis irregularidades na aplicação de verbas destinadas pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) a entidades assistenciais, por meio de emendas individuais dos parlamentares. O coordenador do movimento, Vladimir Gomes, afirma que muitos parlamentares destinam verba para organizações não governamentais, associações beneficentes e entidades de fins sociais, mas, segundo ele, parte desse dinheiro nunca foi aplicada nas instituições.
Na última quinta-feira, o coordenador do movimento foi recebido pelo promotor de Justiça Nelson Medrado, que investiga as fraudes na Alepa, e pediu que sejam investigados os convênios firmados por meio dessas emendas. "Nós queremos saber se esses recursos chegam a essas comunidades onde estão as entidades, porque extraoficialmente o movimento sabe que muitos nem vêem a cor do dinheiro, isso quando existem, pois temos notícia de que há muitas entidades fantasmas", assegura Vladimir. Embora não possua provas das irregularidades, os integrantes do movimento suspeitam que haja desvios de recursos e querem uma apuração. Segundo Vladimir, uma das práticas de alguns deputados é dar "gorjetas" aos presidentes das entidades contempladas e usar o recurso em benefício próprio.
Diante das denúncias, o promotor Nelson Medrado disse que vai investigar o caso. Na reunião, ficou acordado que o movimento fará um levantamento inicial de quais seriam os convênios suspeitos de irregularidades para ajudar nos trabalhos do Ministério Público, a ser apresentado em uma nova reunião, ainda sem data definida. (No Amazônia)
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