A Câmara dos Deputados perdeu nesta terça-feira mais uma chance de melhorar a desgastada imagem do Congresso: os deputados livraram Jaqueline Roriz (PMN-DF) da cassação. Prevaleceu o instinto de sobrevivência na hora de julgar a colega que foi filmada recebendo dinheiro do Mensalão do DEM, em 2006. Foram 265 votos contra, 166 votos a favor e 20 abstenções. Outros 62 parlamentares não compareceram.
Cinismo - Em seu discurso, a deputada pouco falou a respeito das acusações: fez um pronunciamento sentimentalista: "Esse julgamento histórico, haverá de prevalecer o respeito à pessoa humana e o respeito às leis deste país", disse ela. A parlamentar criticou os interesses dos que a acusam e querem "se apresentar como paladinos da moralidade". A filha do ex-governador Joaquim Roriz não negou ter recebido dinheiro de origem ilícita. Prendeu-se apenas a um detalhe técnico: "Em 2006, eu era uma cidadã comum, não era deputada nem funcionária pública. Portanto, não estava submetida ao Código de Ética da Câmara”, afirmou. O advogado Eduardo Alckmin falou antes de Jaqueline. Ele sustentou a tese de que a punição não poderia ser aplicada porque, quando recebeu o dinheiro sujo, a deputada ainda não ocupava cargo público. (Fonte: Site da revista Veja)
Cinismo - Em seu discurso, a deputada pouco falou a respeito das acusações: fez um pronunciamento sentimentalista: "Esse julgamento histórico, haverá de prevalecer o respeito à pessoa humana e o respeito às leis deste país", disse ela. A parlamentar criticou os interesses dos que a acusam e querem "se apresentar como paladinos da moralidade". A filha do ex-governador Joaquim Roriz não negou ter recebido dinheiro de origem ilícita. Prendeu-se apenas a um detalhe técnico: "Em 2006, eu era uma cidadã comum, não era deputada nem funcionária pública. Portanto, não estava submetida ao Código de Ética da Câmara”, afirmou. O advogado Eduardo Alckmin falou antes de Jaqueline. Ele sustentou a tese de que a punição não poderia ser aplicada porque, quando recebeu o dinheiro sujo, a deputada ainda não ocupava cargo público. (Fonte: Site da revista Veja)
Contra todas as evidências de corrupção, não negadas e até confirmadas pela deputada Jaqueline, o Congresso a livrou da cassação. A justificativa, pasmem, é que, em 2006 não era parlamentar e nem funcionária pública. Quer dizer, se o Fernandinho Beira Mar, um dos bandidos mais sanguinários do País, que matou, esfolou, roubou, traficou, sequestrou e praticou outros delitos graves contra a sociedade, se, por alguma razão, chegar a deputado federal, será acolhido como um dos mais respeitáveis cidadãos, sem qualquer mancha ética.
ResponderExcluirEsta decisão revolta as pessoas de bem e tem caráter corporativista, pois acoberta o passado nebuloso de todos os parlamentares, em especial daqueles comprometidos com delitos os diversos possíveis.
José Roberto Duarte
e-mail: robertoduarte2@oi.com.br