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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Empresários negam ao MP participação em licitações da Assembleia Legislativa

O promotor de justiça Nelson Medrado ouviu ontem depoimentos que apontam, mais uma vez, para fraudes nas licitações da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa). Desta vez falaram representantes de duas empresas de informática, Sol Informática e Computer Store, e o representante de uma empresa de engenharia, a ABS Serviços de Engenharia, que teriam participado de licitações com indícios de fraudes que estão sendo investigadas pelo Ministério Público do Estado. Ao promotor, os depoentes negaram a participação nas licitações e apontaram evidências que podem comprovar o desconhecimento sobre as concorrências.

O promotor Nelson Medrado analisa 105 licitações de obras da Alepa com indícios de fraudes, relativas a 2010. Esta semana ele deve receber mais 12 licitações. O MP também investiga outras 35 licitações relativas ao fornecimento de materiais de informática, realizadas entre 2007 e 2010.

Segundo o promotor, a Sol Informática e a Computer Store aparecem em duas licitações com indícios de fraudes - uma do ano de 2007 e outra de 2009. "Os documentos relativos a essas licitações foram encontrados em um computador pertencente a Jorge Moisés Caddah, ex-servidor da Alepa que vivia com Nazaré Guimarães Rolim, então presidente da Comissão de Licitações da Alepa", lembra Medrado. As duas empresas estariam concorrendo para fornecer materiais de informática para a Casa. O representante da Sol informou que a empresa não participou da licitação de 2009, que na época foi vencida pela empresa Hábil Informática. Já sobre a licitação de 2007, da qual a Sol saiu vencedora, a representante informou que iria verificar os documentos da empresa para então dar uma resposta. O promotor, então, suspendeu o depoimento e irá retomá-lo na próxima terça-feira.

O representante da empresa Computer Store também compareceu ao depoimento e garantiu que não participou das concorrências. De acordo com o promotor Medrado, o empresário informou que participou de apenas uma licitação da Alepa, em 2006, e depois disso nunca mais disputou licitações na Casa. Ele apontou ainda uma contradição: no rodapé da suposta proposta da Computer aparece um endereço de uma filial da empresa na travessa Castelo Branco, que já não existia mais. A partir dessas informações, Medrado informou que solicitará todas as licitações nas quais a Computer Store figura como concorrente. "Se a empresa não participou de licitações depois de 2006, precisamos checar as licitações que ocorreram depois desse ano e que tem a Computer como participante", informou.

Também compareceu ontem para prestar depoimento um representante da firma ABS Serviços de Engenharia. A empresa figura em 25 licitações realizadas no ano de 2010 para obras Assembleia. Em 2010, segundo o promotor, a empresa teria prestado serviços à Alepa, em um pagamento total que chegaria a R$ 850 mil. O representante da empresa disse que os serviços prestados pela ABS para a Casa sempre foram obras simples, de valores baixos, como reparos de infiltrações, e que não poderiam chegar a essa cifra. No entanto, como o depoente disse que ainda precisava se informar melhor e verificar documentos, o depoimento também foi suspenso e será retomado na quarta-feira. (No Amazônia)

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