Entre os envolvidos no esquema que aparecem nas fotografias estão o secretário executivo do Turismo, Frederico Silva Costa, o secretário de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, e ex-secretário executivo da pasta Mário Augusto Lopes Moysés (que aparece sem identificação), ligado à senadora Marta Suplicy (PT).
A autenticidade das imagens foi confirmada ao Estado pela assessora da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Amapá, Marclene Oliveira. Ela afirmou não saber como as fotografias vazaram. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou nesta sexta-feira que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, encaminhou ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo ao Conselho Nacional de Justiça que tome providências sobre o vazamento das fotografias dos presos.
Grampos. O Estado teve acesso a gravações realizadas pela Polícia Federal, com autorização judicial, que revelam como os suspeitos agiriam para fraudar as licitações, além de articulações políticas para favorecer senadores e deputados. Em uma das gravações, Frederico da Silva Costa orienta empresário a montar ONG de fachada. Em outra, Colbert Martins da Silva Filho dá ordens sobre o andamento de um projeto que seria de interesse do senador José Sarney (PMDB-AP). Os dois ainda aparecem em outro grampo articulando a liberação de emenda para proteger deputado do PMDB. (Fonte: O Estado de S.Paulo)
Noves fora a culpa de cada um, que deve, é claro, ser devidamente purada e punida, é evidente que a Polícia Federal extrapolou nessas fotos dos presos nus. É a primeira vez que se vê isso na mídia. Isso afronta abertamente a Constituição Federal: "Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano e degradante" (art. 5º, III); "É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral" (art. 5º, XLIX). Se a Polícia Federal não respeita a Constituição, que moral ou legitimidade ela tem para reprimir os que afrontam o Código Penal?
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